Informou nesta quarta-feira, 11, o jornal The Asahi Shimbun, que Tomohiro Kato, autor do massacre que terminou com a morte de sete pessoas em Tóquio, gastou mais de 30 mil ienes (US$ 280) em facas em uma loja de material militar da província de Fukui (centro do Japão).
Kato, que levava consigo cinco facas no dia do ataque, comprou na sexta-feira uma adaga, uma faca japonesa, um canivete pequeno, um jogo de três facas e uma réplica de um bastão policial, além de um par de luvas de couro preto, segundo declarou um funcionário da loja.
A Polícia encontrou pelo menos duas facas, de 30 e 20 centímetros, respectivamente, na caminhonete utilizada por Kato para o ataque, e outra de 19,5 centímetros no local em que atropelou suas primeiras vítimas.
Além da faca de 23 centímetros que levava na mão, as autoridades encontraram também outra menor, no bolso interno de seu casaco, quando o detiveram em uma rua próxima ao local do massacre. Várias testemunhas apontaram que Kato empunhava duas facas durante o massacre do bairro de Akihabara, em Tóquio.
O acusado, de 25 anos, confessou ainda à Polícia que tinha medo de perder seu emprego, segundo o jornal japonês The Daily Yomiuri.
A Polícia considera que o estado de desespero no qual se encontrava o agressor, por suas situações de trabalho e pessoal, foi um dos motivos que levou a Kato a cometer o crime.
O detido trabalhava em uma fábrica de peças para automóveis na província de Shizuoka, a oeste de Tóquio, que realizava um processo de demissão em massa.
Segundo o jornal, três dias antes do massacre, Kato abandonou a fábrica aos gritos, temeroso de perder seu emprego. No dia seguinte, já não foi trabalhar.
Em relação às mensagens que se suspeita que Kato tenha enviado a um site anunciando suas intenções, as autoridades continuam com as investigações, já que o suspeito apagou todos os registros de saída de seu telefone celular.
O ataque do fim de semana terminou com a morte de sete pessoas, três atropeladas e quatro apunhaladas, além de deixar outras dez feridas.
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