Senhores Vladimir Putin e Dmitry Medvedev,
Meus respeitos e minha admiração.
Senhores,
Sabem como derrotar os Estados Unidos, a custo zero, sem esforço e sem detonar um traque? (Traque aqui é uma bomba recreativa, usada por crianças, similar a um palito de fósforos, com potência equivalente a 1 x 10 elevado à -50 kilotons).
Primeiro passo: venda TODOS os dólares entesourados pela Rússia;
Segundo passo: informe aos cidadãos russos (sem medo de cometer engano) que o dólar está na iminência de virar pó, para que todos também vendam os seus.
Pronto. É só aguardar. Sabe porque? É somente observar os seguintes fatos:
- que os dólares já saturaram o mundo;
- que os Estados Unidos são dependentes da emissão de dólares, não tendo, absolutamente, como repatriar a moeda que está fora do país remunerando-as, única maneira possível de fazer com que aquela moeda mantenha o seu valor; e
- que os maiores possuidores de dólares já estão diversificando sua carteira (leia-se desovando dólares).
O resultado é que haverá tão grande refluxo de dólares para os Estados Unidos que seu valor cairá para próximo ou igual a zero.
O império se sufocará com o próprio vômito.
Quanto à Rússia, poderá reservar seu poder econômico para destinos mais nobres. Pode até usar em defesa, mas pense em outros inimigos, pois os Estados Unidos sem ter a quem enfiar dólares goela abaixo morrerão de inanição.
É de dar pena, não? Mas não há com o que se preocupar. Existem antas - tais como Henrique Meireles, presidente do Banco Central Brasileiro - que compra cerca de 300 milhões de dólares por dia, mesmo sabendo que aquela moeda já teve o seu prazo de validade expirado em mais de dez anos! Se lhes servem de consolo, nós, os brasileiros, sem absolutamente nenhuma necessidade, solidários em não sei o quê, vamos afundar juntos com o império...
Confesso que não foi por falta de aviso: já enviei uma carta ao Banco Central brasileiro, duas ao Presidente Lula e uma ao Senador Aloísio Mercadante, que além de Senador é economista, com cópia aos demais senadores: ninguém as leu. Aliás, esta carta ao Mercadante foi publicada na íntegra pelo jornal Pravda.
Fraterno abraço
José Sabino
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