O produtor de arroz Ivo Barili, de 48 anos, tenta encerrar o bloqueio que índios orientados pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) montaram na RR-319, com um pedido na Justiça Federal, de acordo com a Agência Brasil
. A estrada é conhecida como Transarrozeira e fica dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.Desde o início da semana, Barili não consegue levar à sua fazenda produtos que usa na lavoura como fertilizantes, insumos, sementes e óleo diesel.
Apesar disso, ele acredita que é possível conviver com os índios na reserva: Não tenho inimigos índios. Já dei até carona para muitos deles, e os índios só estão fazendo isso, insistindo nessa homologação, porque são influenciados pelo CIR.
A Fazenda Tatu, propriedade de Barili, tem 9,6 mil hectares e produz 180 mil sacas de arroz por ano. No momento, o produtor informa que 25 mil sacas precisam ser retiradas da fazenda a quantidade está avaliada em R$ 750 mil e demanda ser puxada em pelo menos 30 viagens de caminhão.
O arrozeiro se diz disposto a deixar a reserva se o Supremo Tribunal Federal assim entender.
-O que o Supremo decidir eu cumpro, mas queria que os índios fizessem o mesmo.
A condição exigida pelo produtor para aceitar a saída, se determinada pela Justiça, é uma correção nos valores de indenização propostos pela Fundação Nacional do Índio [Funai}, que lhe ofereceu R$ 210 mil. Na avaliação de Barili, seriam R$ 9 milhões como indenização justa e prévia, além da realocado em outra área apta ao cultivo.
-Comprei minha fazenda faz 14 anos, com documentação centenária - afirmou o produtor.Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter