Com base em dados preliminares elaborados por peritos do Instituto de Criminalística (IC) e de legistas do Instituto Médico Legal (IML), os delegados e investigadores do 9º DP (Carandiru), Calixto Calil Filho e Renata Pontes, responsáveis pelo esclarecimento do assassinato da menina Isabella Nardoni de 5 anos têm a convicção de que o seu pai Alexandre Alves Nardoni jogou a filha do seu apartamento após a madrasta da menina, Anna Carolina Trotta Jatobá, ter tentado asfixiá-la, de acordo o jornal Folha de S.Paulo.
Pegadas compatíveis
A perícia também achou na camiseta de Alexandre Nardoni vestígios de náilon que podem ser da tela protetora da janela de onde Isabella foi jogada. Outra prova que pode definir o caso são vestígios de sangue encontrados em uma calça de Anna Jatobá. A polícia diz ter certeza de que a calça não foi suja de sangue após contato da madrasta com o corpo da menina, depois da queda.
A pegada ao lado de um pingo de sangue na cama do quarto de onde Isabella foi jogada pode ser da madrasta. Isso porque o calçado que ela usava e a pegada são compatíveis. Com todas essas informações, polícia e Promotoria devem pedir em breve a prisão preventiva do casal à Justiça.
Os delegados que investigam a morte da menina estiveram reunidos nesta terça-feira com o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Aldo Galiano Júnior. Eles teriam apresentado ao diretor um relatório final sobre o crime, que deve servir de base para um novo pedido de prisão para o casal suspeito.
O juiz do 2º Tribunal do Júri, Maurício Fossen, o mesmo que decretou no começo do mês a prisão temporária - por 30 dias - de Nardoni e Anna, será o responsável pelo pedido de prisão preventiva, já com base nas individualizações das ações de cada um na morte de Isabella. Fossen também foi responsável pela liberação do casal após a entrada de um pedido de habeas corpus no tribunal de justiça apresentado pelos advogados do casal na sexta-feira.
Estranho defensor
Apesar da liberação do casal, um novo pedido de habeas-corpus foi apresentado, na segunda-feira, pelo advogado Diego Luiz Berbare Bandeira. Porém, o advogado Rogério Neres nega a integração de Bandeira na equipe de defesa do casal. Neres se referiu ao estranho defensor como um aproveitador e disse que o novo pedido pode atrapalhar o trabalho dos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
Ele ainda afirmou que analisa uma forma de entrar com uma representação contra o falso defensor da família na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Na tarde desta terça-feira, os advogados voltaram à delegacia. Eles afirmaram que não há divergência entre os depoimentos de Alexandre e Anna Carolina e pediram que 22 testemunhas sejam requisitadas a depor na polícia. Segundo eles, não se tratam de suspeitos, mas de pessoas que podem ajudar a esclarecer o caso escreve o site Terra.
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