Um israelense indenizado durante o conflito com o Hisbolá no sul do Líbano devolveu voluntariamente ao Governo de seu país 700 mil shekels, equivalente a 124 mil euros, por considerar que o valor era muito alto.
O israelense, cujo nome não foi revelado, enviou um cheque desta quantia ao Escritório de Imposto à Propriedade, um organismo que indeniza a população por prejuízos causados durante o conflito, informou hoje o jornal "Yedioth Ahronoth".
O escritório indenizou todos os empresários do norte de Israel pelo fechamento de suas lojas durante os 34 dias de conflito com o Hisbolá com base na receita do ano anterior nesse mesmo período (entre 12 de julho e 14 de agosto).
Mas o israelense devolveu o dinheiro, alegando que em 1º de janeiro de 2006 reduziu voluntariamente sua atividade comercial e, por isso, em carta enviada ao escritório, afirmou que o faturamento que obteria se não ocorresse o conflito seria menor que o obtido entre 12 de julho e 14 de agosto 2005.
A porta-voz da Fazenda Pública, Adit Zarhíe, disse ao jornal que a quantia foi calculada de acordo com o que estipulava a lei - que não contempla a redução de atividade comercial-, por isso, na realidade, o valor entregue ao israelense está correto do ponto de vista legal.
"Parece que em Israel não existem apenas pessoas que protestam porque receberam menos, mas também gente honesta que está disposta a devolver o que considera que não lhe corresponde", disse Zarhíe.
EFE
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