O finlandês Timo Kivimäki, professor de Relações Internacionais e diretor de Pesquisa da Universidade de Bath (Reino Unido), especialista em terrorismo global e um dos poucos acadêmicos sóbrios ao pensar o assunto, concedeu a seguinte entrevista falando sobre suas origens, consequências e as possíveis formas de combatê-lo de maneira eficaz, que proteja civis. Ele também apresenta sua visão sobre os limites entre terror e resistência, esta última legitimada pelas leis internacionais, e a cobertura da mídia de desinformação das massas sobre terrorismo.
"Não há nenhuma Guerra contra o Terror. Se houvesse, não usaria o terror como tática", enfatiza sem rodeios o analista, quem também recorda personagens "esquecidos" pela mídia e pelos arquitetos da suposta Guerra ao Terror, tais como Julian Assange e Edward Snowden, cujas denúncias trazem revelações que apontam ao sentido totalmente contrário das versões oficiais sobre origens do terrorismo, e das intenções da "Guerra ao Terror" perpetrada pelas grandes potências ocidentais.
O professor Kivimäki atuou como consultor de vários governos, bem como de várias organismos da ONU e da União Europeia, sobre conflitos e terrorismo, e já teve a oportunidade inclusive de entrevistar indivíduos suspeitos ou condenados por práticas terroristas. Ele é autor de The Long Peace of East Asia (Farnham: Ashgate, 2014), e de Can Peace Research Make Peace. Lessons in Academic Diplomacy(Farnham: Ashgate, 2012), este último indicado para concorrer ao prestigioso Best Book Prize (Prémio Melhor Livro) pela Sociedade de Pesquisa de Conflito, em 2014.
Recentes artigos de Timo Kivimäki sobre paz e conflitos foram publicados na China, em Journal of International Relations, Pacific Focus,The Pacific Review, International Relations of the Asia Pacific, Journal of Peace Research, Asian Security e Middle East Policy.
A seguir, o professor Kivimäki leva à reflexão - rara nos dias de hoje - sobre um dos temas mais importantes da atualidade, saindo, desta maneira, da histeria político-midiática predominante que apenas promove embaralhamento do entendimento coletivo e abre cada vez mais o caminho para uma dominação global apoiada no medo, na intolerância, na indústria da guerra e na diminuição das liberdades civis.
Edu Montesanti: Professor Timo Kivimäki, você tem sido frequente consultor dos governos finlandês, dinamarquês, holandês, malaio, indonésio, sueco, russo, bem como a várias organizações da ONU e da União Eiropeia sobre conflitos e terrorismo. Por favor, Professor Kivimäki, fale um pouco sobre essas consultas.
Timo Kivimäki: Na verdade, não só estes: tenho colaborado amplamente com 11 governos com problemas associados a conflitos. Mas os que você mencionou, tenho ajudado mais que outros. Ajudei a Finlândia, a Dinamarca e, marginalmente, a Suécia também, a fim de projetar estratégias no desenvolvimento de cooperação a fim de ajudar a serem mais sensíveis diante dos conflitos, ou seja, ajudar a prevenir em vez de alimentar conflitos.
Para primeiros ministros da Finlândia, Dinamarca e Rússia eu ofereci alguma ajuda para argumentação em política externa, oferecendo comentários sobre como diferentes argumentos relacionam-se aos atuais resultado da investigação. Também tentei ajudar estes três do governo em suas iniciativas de lançar processos de diálogo pacíficos.
Orientei a equipe de negociação do governo da Moldávia para suas negociações de paz com os separatistas da Transnístria e também orientei algumas partes em conflito da Indonésia e de Mianmar, em favor das negociações de paz Além disso, ajudei um dos ministros de Defesa da Tailândia a fim de entender algumas das complicações do conflito no sul do país.
Apesar de tudo, percebi que muitos governos estão muito ansiosos em promover a paz, apesar da falta de vontade pública em mostrar quaisquer sinais no sentido de assumir compromissos. Os governos tendem a tentar evitar sinais que poderiam ser interpretados como fraqueza, e por isso, às vezes, é importante aos acadêmicos tomar a iniciativa e ajudar os governos em algo que eles não podem fazer, sem mostrar sinais de fraqueza.
Edu Montesanti: No artigo First Do No Harm: Do Air Raids Protect Civilians? [Middle East Policy 22, no. 4 (2015): 55-64] o senhor revelou que as guerras de proteção, ou seja, as guerras que são justificadas referindo-se ao motivo cosmopolita de proteção aos civis "globais", matam mais civis que qualquer outro tipo de guerra. Por favor, detalhe isso.
Timo Kivimäki: Há um crescente senso de solidariedade cosmopolita e universalista no mundo hoje, e esta solidariedade dos cidadãos insta os líderes a "fazer algo" quando a mídia revela injustiça e violência contra civis, independente do local onde esses civis estejam. Isso, em geral, é muito bom e oferece oportunidades para construir uma ordem mundial mais justa, e menos violenta.
Se nos próximos 100 anos o sistema de segurança internacional sair da posição de comunidades baseadas no Estado e partir em direção a uma comunidade global, isso poderia ser muito bom. Historicamente, sempre que a segurança governamental é levada a comunidades maiores - de famílias para clãs, de clãs para sociedades sedentárias, de pequenas sociedades para cidades-Estado, de cidades-Estado para Estados-nação -, grande parte da violência desaparece. Assim, o crescimento da solidariedade é potencialmente uma coisa boa.
No entanto, hoje a solidariedade não é seguida por um esforço a fim de permitir uma agência de segurança comum: as nações que têm se preocupado em punir Saddam e os talibans, impondo sua interpretação de normas globais, não têm estado interessadas no fortalecimento da ONU, até agora a única organização verdadeiramente global que poderia representar o mundo na imposição do cumprimento das normas humanitárias globais.
Pelo contrário, esses poderes que estão impondo normas sobre outros países têm estado relutantes em se comprometer com o fortalecimento das normas globais em conjunto com todos os países e, em vez de trabalhar através da ONU, eles formaram coalizões militares ad hoc. Na imposição de justiça e equidade, estes países tornaram-se atores enquanto outros, especialmente os países em desenvolvimento e países muçulmanos, tornaram-se os objetos de disciplina das coalizões militares
Isto causou ressentimento e as operações militares para intervir na violência no Oriente Médio têm aumentado a violência que existe lá, de maneira que a proteção voltou-se contra aqueles que se tem o objetivo de proteger. Se olharmos para os países onde nossa proteção tem operado, podemos ver que mais da metade das mortes em conflitos do mundo é produzida ali.
Edu Montesanti: Como você vê as invasões dos Estados Unidos ao Afeganistão em 2001 e ao Iraque em 2003, do ponto de vista jurídico?
Timo Kivimäki: Acho que, do ponto de vista jurídico, eles têm sido tipos de operações um tanto diferenciadas, já que o Iraque [a invasão norte-americana ao Iraque] tem estado explicitamente fora do mandato da ONU. Ao mesmo tempo, as operações militares continuadas têm sido muito impopulares em ambos os locais, e resultado em uma grande quantidade de sofrimento. Do ponto de vista da proteção de civis, ambas as operação têm sido um desastre.
Washington e seus aliados têm endurecido o discurso e as políticas em relação ao terrorismo, ferindo os direitos humanos e diminuindo as liberdades civis. O regime de Barack Obama tem aumentado drasticamente os ataques aéreos. A "Guerra ao Terror" tem ajudado a manter os Estados Unidos e seus aliados seguros do terrorismo?
A guerra contra organizações terroristas tem sido uma catalizadora de terror, devido ao simples fato de que conflito e terror são sempre uma interação, não apenas ação de uma das partes. Enquanto a razão para o nosso violento contraterrorismo tem sido as ações terríveis dos terroristas, é claro que a razão para a violência terrorista tem sido a nossa violência. A lógica de uma escalada na guerra contra organizações terroristas tem sido sempre interativa, e apenas através de ações interativas de paz e de diálogo, esta espiral de escalada poderia ser encerrada.
Acho que o problema se deve ao fato de que nunca houve, efetivamente, uma guerra ao terror, mas tem havido apenas uma guerra contra terroristas. Isto é muito diferente, já que uma guerra contra o terror estaria focada nos civis como alvo tentando impedir isso, enquanto a guerra contra os terroristas tem como meta matar tantos terroristas quanto possível, mesmo que isso signifique uma série de danos colaterais, ou seja, a perda de vida civil.
Uma guerra contra o terror não seria capaz de usar meios que se aproximam de atos terroristas, como é a contra o terror, enquanto a guerra contra os terroristas tem usado frequentemente meios que possam ser eficazes contra os terroristas, mas aumentam o terror. Concentrando-se em princípios em vez de demonizar os inimigos, seria importante nesta situação aliviar a tensão, e isso também significaria que não devemos apontar os dedos aos Estados Unidos ou a seus aliados, mas, em vez disso, devemos culpar estratégias ruins contra a violência que vemos ao nosso redor.
Deveríamos tentar negociar formas de limitar estas estratégias violentas ao invés de demonizarmo-nos uns aos outros, dado que a conclusão lógica de uma visão que atribui a violência ao "outro" demonizado, apresenta o motivo para destruir este "outro". Destruição e demonização de nossos inimigos não são um caminho para a paz.
Edu Montesanti: Quais as reais raízes do terror, Professor Kivimäki, e quais seriam as políticas eficientes para combater o terrorismo?
Timo Kivimäki: Acho que não devemos pensar no terror como algo que tem raízes que, simplesmente, causam terror. O terror é uma tática imoral que as pessoas usam, mesmo que não devam, com objetivos políticos. Se olharmos para o terror que tem como base o abuso do Islã, nos parece claro que nas raízes deste tipo de terror está a percepção de que não há opções pacíficas a fim de provocar mudanças.
Mais de dez anos atrás estudei as origens de indivíduos e organizações terroristas estatisticamente, e também autorizei e realizei uma série de entrevistas entre indivíduos suspeitos ou condenados por atos de terror. Desta maneira, trabalhei para as chancelarias dinamarquesas e finlandesas. Descobriu-se que a maioria dos indivíduos terroristas vieram de países onde nenhuma mobilização para mudança pacífica é completamente impossível. A Arábia Saudita foi o local de nascimento de 15 dos 19 autores operativos dos ataques do 11 de Setembro, enquanto que no momento a Argélia é a principal fonte de indivíduos terroristas na lista europeia de terroristas.
Devido ao fato de que qualquer uma dessas organização era impossível nestes países, e no Egito de Hosni Mubarak, muitas dessas pessoas desesperadas mudou-se para os Estados fracassados onde poderiam se mobilizar em resistência. O Afeganistão tornou-se o centro de organização terrorista, apesar do fato de que não muitos terroristas são originários dali.
Nesses estados falidos, indivíduos que foram preparados para a violência para atingir seus objetivos não poderiam encontrar uma agenda comum na resistência a seus próprios governos já que vieram de diferentes países e, consequentemente, o fato de que muitos dos regimes autoritários desses países foram apoiados pelo Estados Unidos e por alguns de seus aliados europeus, tornaram-se alvo do novo alvo comum.
Isso eu acho que é a origem do tipo atual de terrorismo, mas uma vez que o processo de luta contra o Ocidente e a luta do Ocidente contra esses terroristas tinha começado, passou a adquiri novas formas. Algumas margens de comunidades de imigrantes encontraram ressonância para a frustração de sua própria marginalização na retórica anti-ocidental radical desses grupos islamitas originais, e novos tipos de terror começaram a emergir.
As maciças operações militares ocidentais que minaram os direitos soberanos de muitos países muçulmanos e que causaram uma série de fatalidades, deram origem à expansão do radicalismo anti-ocidental no Terceiro Mundo muçulmano. A lógica da escalada, do aprofundamento e da difusão do ódio de ambos os lados se impuseram, e novas formas de terrorismo surgiram.
O que é comum entre todos esses processos, foi que o ódio e a destruição dão origem ao ódio e à destruição, e a única maneira de avançar seria dialética, focando nosso interesse comum na prevenção da violência. O foco mútuo sobre a destruição do seu inimigo, apenas incita a violência.
A Síria tem atraído a atenção do mundo, e dividido a mídia predominante e da mídia alternativa. Como o senhor vê as raízes da guerra civil síria, e como avalia a intervenção dos Estados Unidos e da Rússia naquele país, o primeiro opositor ao presidente Bashar al-Assad, o segundo de apoio ao governo sírio?
Acho triste que temos desperdiçado as oportunidades diplomáticas pacíficas que existiam em 2011. Isso é também o que escrevi em meu artigo First Do No Harm que você mencionou. Não vejo nenhuma oportunidade positiva em direção às soluções sobre o apoio à capacidade de matar envolvendo ambos os lados do conflito: o apoio militar dos Estados Unidos a grupos violentos muito obscuros Síria, e o apoio da Rússia a um regime violento podre são, simplesmente, maneiras de expandir a magnitude da violência na Síria.
Vejo que a única forma de avançar se daria através da negociação inclusiva entre todas as partes em conflito, incluindo o Estado Islamita.
Edu Montesanti: Qual sua visão sobre os limites entre resistência e terror?
Timo Kivimäki: Acredito que a resistência é uma atividade definida pelo objetivo da ação, enquanto o terror deve ser definido como uma tática específica. Resistência é a atividade contra uma regra considerada ilegítima, e pode ser violenta ou não-violenta, terrorista ou não-terrorista dependendo dos métodos que a resistência se utiliza.
Terrorismo, novamente, envolve táticas em que uma pessoa ou um grupo tenta influenciar tomadores de decisão usando as vidas de civis inocentes como barganha. Acredito que é útil aplicar-se, ao conceito de terror, uma distinção entre táticas violentas que têm como alvo civis inocentes, e outros tipos de violência. Sem o conceito, não seria possível definir a norma contra a morte de civis.
No entanto, há um problema até com a definição correta de terror, para nem mencionar as definições politicamente manipuladas. O principal problema que vejo com a definição correta de terror é a natureza "ou-ou" do conceito. Se alguém atinge intencionalmente civis como estratégia de conflito onde alguém seja terrorista, mas e se você tiver partes em conflito que visam alvos militares que, porém, usam armas e áreas-alvo que são conhecidos por resultar em danos colaterais? Consequentemente, essas pessoas são sutilmente terroristas? No conflito palestino há atores que têm civis como alvos intencionais em algumas das operações. Eles são legitimamente chamados de terroristas. Mas também há atores, como o Estado de Israel, que visam militantes mas fazem isso atingindo militantes em centros civis com bombas de fragmentação. Isto também poderia ser chamado de terrorismo? É aceitável o fato de que um militante seja morto em uma operação que mata uma quantidade de civis um pouco menor que uma operação terrorista?
Na Palestina, tenho notado que as estatísticas de mortalidade tornam muito difícil a justificativa do conceito de terrorismo dentro do "ou-ou": há confrontos com mais mortes de crianças palestinas que as mortes israelenses. Isso significa que mesmo que as operações israelenses consigam matar alguns militantes, elas também tendem a matar mais civis do que militantes. Não deveríamos, então, chamar de terroristas as operações israelenses, mesmo que também tenham como alvo os militantes?
O principal problema com o uso atual da palavra "terrorismo" é que, cada vez mais, o terror é associado a objetivos políticos, muito mais do que alguns terroristas realmente os têm como objetivo. A fim de promover foster uma norma contra o terror, dever-se-ia tentar evitar a associação do terrorismo com objetivos políticos específicos, já que gostaríamos de pensar que a resistência pacífica e a promoção de objetivos políticos é legítimos, ainda que haja terroristas que também promovem esses mesmos objetivos, usando táticas terroristas imorais.
Demasiadas vezes usamos o conceito "terrorismo" para descrever atividades que promovem objetivos políticos islamitas, mesmo que não tenham sido perpetradas por meios terroristas. Esta prática, obviamente, desgasta a legitimidade da norma contra a morte de civis entre as comunidades que gostariam de ver a ordem política islamita, se o termo reservado para a morte de civis é confundida com ações para promover a política islamita. Esta prática conceitual de associar terrorismo com islamismo, também faz com que a Guerra do Terror ataque civis mais facilmente, se o terrorismo é associado com o islamismo. Assim, não devemos ser enganados sobre essa manipulação do conceito de "terrorismo".
Edu Montesanti: Charles Krauthammer escreveu no jornal The Washington Post: "[Estados Unidos deve criar] A Psicologia do Medo", a fim de garantir o "profundo respeito ao poderio norte-americano". Como o senhor vê essa posição?
Timo Kivimäki: Reconheço, de verdade. que o controle do poder mantém oportunidades violentas sob controle. Conflitos em Estados fracos e frágeis provam esta questão: sem aplicação da lei vigente, haverá anarquia.
No entanto, quando há vontade, há caminho: se os Estados Unidos se utilizam de muita violência para criar tal medo, isso também vai gerar o desejo de resistir a essa ordem. Sou mais a favor da conclusão de Henry Kissinger em seu livro World Order, segundo o qual o poder tem de estar associado à legitimidade a fim de gerar estabilidade e paz.
Agora, parece que a legitimidade, e não o poder, é o que está faltando na governança global dos Estados Unidos. É a imposição norte-americana de sua ordem, e a resistência a essa ordem, a fonte de tanta violência em áreas onde os Estados Unidos operam militarmente. Mais medo não resultará em mais legitimidade da instituição norte-americana de sua ordem, muito pelo contrário. Assim, acho que a receita de Krauthammer está errada.
Edu Montesanti: Quanto a "Guerra ao Terror" tem ampliado o preconceito contra islâmicos ao redor do mundo?
Timo Kivimäki: O problema tem sido a escalada da tensão e a violência entre os terroristas que utilizam indevidamente o Islã como base, e a violenta Guerra aos Terroristas. Não há nenhuma Guerra contra o Terror. Se houvesse, não usaria o terror como tática.
Esta escalada criou o preconceito contra os muçulmanos no mundo ocidental, e contra os norte-americanos e ocidentais no mundo muçulmano. Esta escalada é algo que devemos tentar reverter por meio do diálogo e de negociações, ao invés de matar nossos adversários.
Edu Montesanti: Como o senhor avalia a cobertura da grande mídia em relação ao terrorismo global?
Timo Kivimäki: A propalada mídia ocidental livre na verdade tem, ocasionalmente, sido surpreendentemente não-livre nas práticas de repetir termos, rótulos e narrativas de políticos ocidentais e da "segurocracia". Quando um grupo é chamado de terrorista por causa de seus objetivos por parte de políticos que se opõem a esses objetivos, os meios de comunicação, com demasiada frequência, simplesmente divulgam o rótulo.
Uma mídia crítica deve estar sempre atenta aos interesses dos políticos para evitar servi-los acriticamente. Às vezes acho incrível o que lemos até nos jornais mais respeitados sobre terror global, mesmo depois de ter tido acesso às revelações de Chelsie Manning, WikiLeaks, Glenn Greenwald e Edward Snowden. Às vezes, é como se nenhuma dessas revelações tivessem, jamais, sido feitas.
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Edu Montesanti é comunicador, escritor, professor de idiomas e tradutor. Autor do livro Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror" (2012), escreve para a revista Caros Amigos, para Jornal Pravda e Pravda Report (Rússia), para Global Research (Canadá), Truth Out (Estados Unidos). É tradutor do sítio na Internet das Abuelas de Plaza de Mayo (Argentina), e foi tradutor do sítio na Internet da escritora, ativista pelos direitos humanos e ex-parlamentar afegã injustamente expulsa do cargo, Malalaï Joya. Escreveu para Diário Liberdade (Galiza), Observatório da Imprensa (TV Brasil) eNolan Chart (Estados Unidos). Contato: [email protected] / www.edumontesanti.skyrock.com
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