Israel prepara agressão contra Irã, presidente gera mais tensão
Tel Aviv, (Prensa Latina) O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou que favorece um ataque contra instalações nucleares do Irã, gerando mais tensão sobre a possibilidade de que uma ação militar se execute sem consultar previamente os Estados Unidos.
Peres, laureado com o prêmio Nobel da Paz, declarou a meios televisivos que uma agressão armada à República Islâmica seria a melhor forma de frear a que considerou ameaça para o Estado zionista, em alusão ao programa nuclear iraniano.
Segundo o mandatário, o ataque zionista terá lugar "breve" porque, em sua opinião, os iranianos estão a ponto de conseguir o urânio necessário para fabricar armas atômicas.
A possibilidade de uma ação militar não se descarta tomando em conta os bombardeios israelenses contra plantas atômicas do Iraque em 1981 e supostas instalações nucleares sírias em 2007.
Washington e Tel Aviv acusam a Teerã de desenvolver um programa atômico com fins militares, apesar das reiteradas provas fornecidas pelo país persa, que se submeteu a múltiplas inspeções do Organismo Internacional da Energia Atômica (OIEA).
Analistas sustentam que o governo do primeiro ministro Benjamín Netanyahu estaria aguardando a publicação na próxima terça-feira de um relatório do OIEA sobre as atividades nucleares iranianas para validar a decisão de bombardear reatores daquele país.
Tomando em conta a subordinação aos Estados Unidos e as demais potências ocidentais do diretor geral do ente nuclear, o japonês Yukiya Amano, prevê-se que o relatório mencione supostas irregularidades de Teerã, como ocorrido em ocasiões anteriores.
O relatório se basearia em fotos satelitais de um grande depósito de aço construído em Parchin, perto de Teerã, no qual supostamente se realizariam provas com explosivos de alta potência que poderiam ser usados em armas nucleares, segundo informação saída do OIEA.
Enquanto isso, a tensão prevalece aqui pelo discurso belicista do presidente, o premiê e o titular de Defesa, Ehud Barak, quem poderiam atacar sem avisar a seu aliado Estados Unidos, ou inclusive sem seu apoio nem o da OTAN.
Os jornais The Jerusalem Post e Haaretz destacaram o tema com ênfase na alegada "absoluta preocupação" estadunidense pela possibilidade de que se esteja preparando um ataque à República Islâmica e possa levar-se a cabo sem seu conhecimento e aval.
Fontes sem confirmação oficial indicaram que Grã-Bretanha poderia participar junto a Israel com submarinos e navios de sua Armada.
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=8e5e15c4e6d09c8333a17843461041a9&cod=8856
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