A implantação do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAECana) e a assinatura do Compromisso Social para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar são destaques do ano no setor sucroalcooleiro. A avaliação é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone, para quem o objetivo das medidas é o fortalecimento econômico do setor produtivo, com atenção especial ao meio ambiente, tornando a atividade sustentável.
ZAECana - O Decreto Nº 6.961, que determina o zoneamento e estabelece regras de expansão da agroindústria canavieira, é resultado de um profundo estudo, considerado pioneiro na formulação de políticas públicas para o setor sucroenergético. Instituído em setembro de 2009, o ZAECana inovou ao adotar critérios econômicos e sociais em um modelo sustentável e delimitou uma área de 64 milhões de hectares para novas lavouras de cana-de-açúcar. Hoje, o plantio de cana ocupa 8.36 milhões de hectares.
Uma das novidades do zoneamento é a que limita a construção de novas usinas e a expansão da produção da cana-de-açúcar em qualquer área de vegetação nativa e também proíbe a implantação de usinas na Amazônia, no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai. A soma dessas áreas às Unidades de Conservação (UC) e às terras indígenas, representam 81,5% do território nacional.
Mercado - Para Bertone, apesar dos reflexos da crise internacional no setor sucroalcooleiro, a produção nacional de açúcar foi recorde. O Brasil produziu um quinto do açúcar comercializado no mundo. A crise surpreendeu o setor endividado com programas para aumentar a produção e provocou queda de preços no primeiro semestre de 2009, disse. Mas lembrou que, em meados do ano, problemas na produção de açúcar na Índia estimularam a recuperação dos preços no mercado, principalmente a partir do quarto trimestre do ano. O secretário considera que o Brasil conseguiu atender parte importante da demanda de açúcar e recuperou os preços internos do etanol.
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