Pela primeira vez todas as instituições de ensino superior do Brasil foram cassificados pelo Ministério da Educação segundo um índice. Segundo Agência Estado no ranking das universidades lidera a Federal de São Paulo (Unifesp).
Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um dos motivos para as instituições federais terem um bom desempenho deve-se ao corpo docente. "Infra-estrutura é um elemento importante que é levado em conta para compor o ICG (Índice Geral de Cursos), mas não é o único. A valorização do professor talvez explique a melhor performance das federais." A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) optaram por não participar do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), portanto não têm conceito.
O panorama, porém, traz uma revelação: entre as faculdades que estão na faixa mais alta de pontuação, as primeiras são particulares, com mensalidades entre as mais altas do mercado, focadas em uma área do conhecimento, têm vestibulares disputados e contam com parte de seus alunos oriundos das classes A e B.
O panorama não surpreendeu o ministério. "São nas instituições com um só curso que vamos encontrar mais notas 4 e 5", afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes. "É natural que as instituições com mais tradição apresentem os melhores indicadores", afirmou o ministro, durante a divulgação dos dados. "Agora não tem cabimento comparar o indicador de uma universidade com o de uma faculdade com um único curso."
Neste primeiro ano, a pontuação (de 0 a 500) foi dada a 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades isoladas e integradas - representando 78,8% das instituições de ensino superior. Além da pontuação, as instituições tiveram conceitos de 1 a 5. Para se chegar a eles, foram usadas, em relação à graduação, a média dos conceitos preliminares dos cursos da instituição, obtido a partir do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e, para a pós-graduação, o conceito fixado pela Capes.
Daqui a um ano, as instituições que receberam notas 1 e 2 terão de assinar termo de compromisso com o MEC comprometendo-se a melhorar nos itens considerados ruins. "A instituição assina o termo de compromisso de que vai sanar a deficiência. No limite, ela poderá ser privada de sua autonomia ou até descredenciada", explicou o ministro.
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