Cientistas russos anunciaram que cadeia montanhosa (Dorsal de Lomonosov) é o prolongamento geológico da plataforma continental russa.
Segundo Victor Posselov, vice-presidente do Instituto de Investigação Cientifica de Oceanologia da Rússia, «a cadeia montanhosa submarina no Pólo Norte é a continuação da plataforma continental siberiana e não está isolada de forma alguma da planície russa».
Apesar destas declarações, o cientista russo frisou que os trabalhos de laboratório para identificar as estruturas geológicas só estarão terminados «dentro de um ano».
Segundo refere a agência Lusa, o anúncio foi feito por Victor Posselov quando apresentava os primeiros resultados dos estudos de fragmentos de solo, retirados a 2 de Agosto do fundo do Oceano Glaciar Árctico durante a expedição russa «Arktika-2007».
EUA, Canadá, Dinamarca e Noruega também desdobraram-se em iniciativas mais ou menos mediáticas com um único objectivo: deixar claro que a Rússia não é a única potência com interesses territoriais na região do Árctico, onde é suposto existirem um quarto das reservas mundiais de petróleo e gás, além de urânio, diamantes e outros minérios.
Com base numa convenção da ONU que regula os limites das plataformas continentais e que estabelece um prazo de dez anos a contar da sua ratificação para que os interessados apresentem as suas pretensões.
O que, no caso da Rússia, significa que Moscovo tem até 2009 para se pronunciar. Já o prazo-limite do Canadá vai até 2013 e o da Dinamarca aponta para 2014.
Praticamente ignorado ao longo da História, com excepção do período da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a ex-URSS, o Árctico ganhou uma nova projecção nos últimos anos por força do aquecimento global.
De acordo com os mais recentes estudos científico, a temperatura média na região está a crescer ao dobro da velocidade registada no resto do mundo, explicando, por exemplo, o descongelamento dos glaciares ou as razões por que a área de mar coberta por gelo tem vindo a diminuir no Verão entre 15% e 20% relativamente ao que sucedia ainda há 30 anos.
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