O lançamento da cápsula americiana Phoenix, ocorrerá no dia 4 de agosto e levará dez meses para chegar a Marte, a cerca de 20.300 km/h, na primeira missão espacial , informou hoje (31) a Nasa em entrevista coletiva.
Em janeiro de 2004 chegaram a Marte os veículos "Spirit" e "Opportunity", que exploraram uma área rochosa durante vários anos com câmeras e instrumentos.
Eric Queen, outro engenheiro do centro de Langley, ressaltou hoje que uma das grandes vantagens do local de aterrissagem é que se trata de uma das áreas menos rochosas do planeta vermelho.
O engenheiro explicou que a cápsula tentará buscar água congelada debaixo da superfície do planeta para determinar se ali haveria vida, enquanto supervisionará o clima polar em Marte e a mudança de estações.
Desai e Queen relataram que, ao contrário das missões anteriores dos veículos "Spirit" e "Opportunity", que desde 2004 exploram uma área rochosa com câmeras e instrumentos, a "Phoenix" não usará bolsas de ar para aterrissar.
As bolsas de ar permitem a desaceleração do aparelho ao descer. A "Phoenix" usará um esquema de propulsão para perder velocidade e aterrissar.
A engenheiras Jill Prince ressaltou que atualmente há cinco veículos na superfície de Marte e ao redor do planeta, mas apenas três - dois americanos e um europeu - estão ativos. Os centros na Terra perderam contato com os outros dois.
Desai explicou também que uma das diferenças entre a "Phoenix" e os veículos anteriores é que se trata de um veículo "maior", que desperta "mais confiança". "Fizemos mais provas com ele, e seus sistemas de radares são melhores", afirmou.
Para que a cápsula não transporte acidentalmente microorganismos a Marte, os técnicos tiveram especial cuidado em preparar seu lançamento, para o qual foi lavada a seco e passou por uma limpeza especial para reduzir o número de germes.
Seu braço robótico também foi selado com um material especial para evitar que se contamine. As operações na superfície de Marte estão planejadas de acordo com o dia marciano. Já que Marte tem um período de rotação maior que o da Terra, um dia no planeta tem 40 minutos a mais que o daqui.
Imediatamente depois de "Phoenix" se apoiar em seus três pés sobre a superfície marciana, dois painéis solares se abrirão como se fossem leques circulares. De um extremo ao outro dos dois painéis, a cápsula medirá 5,50 metros.
Logo depois será ligado um sistema de análise térmica e de gás, chamado TEGA, que combina um forno de alta temperatura e um espectrômetro.
O braço robótico fornecerá aos oito fornos do TEGA amostras de solo e gelo em canos do tamanho de um carregador de tinta de caneta. Cada forno será usado apenas uma vez para análise das amostras.
A câmera do braço robótico fornecerá aos cientistas imagens e as cores da superfície marciana. Estava previsto que a "Phoenix" fosse lançada em 2001, mas a missão foi cancelada. Caso sobreviva a sua missão em Marte, o aparelho se transformará em uma estação atmosférica.
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