Vladimir Putin apelou hoje aos Governos dos países muçulmanos para que controlem rapidamente a situação provocada pela publicação das caricaturas de Maomé, travando a violência em curso. Em Madrid, o Presidente russo lembrou que no seu país vivem 15 milhões de muçulmanos e que em seu nome e das autoridades russas rejeita "todo o tipo de provocação que conduza a discrepâncias", declara Lusa. "Só desta maneira, com um debate civilizado e aberto podemos encontrar uma base comum para a coexistência e o desenvolvimento", afirmou numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. "Não estamos num debate sobre a liberdade de expressão que já há muito tempo é absoluta em todos os países democráticos e avançados, mas sim perante uma posição de sensibilidade, de respeito. Várias maneiras de ver a vida podem provocar situações que não são adequadas", acrescentou. A polémica em torno das caricaturas de Maomé nasceu da publicação, a 30 de Setembro, pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten mas acentuou-se, com violentas manifestações de protesto em vários países muçulmanos, depois da reprodução, a 10 de Janeiro, por um pequeno jornal cristão norueguês em apoio do Jyllands-Posten. Nos dias que se seguiram, vários jornais europeus reproduziram total ou parcialmente a série de doze caricaturas e, do lado islâmico, realizaram-se vários protestos violentos em países muçulmanos, com manifestantes a atacarem e incendiarem representações diplomáticas europeias, especialmente dinamarquesas e norueguesas, e a decretarem boicotes económicos aos produtos oriundos destes países.
Segundo o jornal LUSA
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter