Na manhã de ontem (18), o arcebispo Dom Itamar Vian celebrou a implantação dos 5 anos da Fazenda da Esperança na Arquidiocese de Feira de Santana. A missa aconteceu no espaço da fazenda, que está localizado no município de São Gonçalo, onde contou com a presença de empresários feirenses, seminarista, pessoas que ajudam na manutenção do espaço e admiradores do trabalho feito na fazenda.
Nos momentos finais da celebração, a emoção tomou conta de todos os presentes, inclusive do celebrante, o arcebispo Dom Itamar Vian, quando dois internos da fazenda relataram para os fiéis um pouco da experiência adquirida no espaço, as transformações da vida e a expectativa de sair e colocar em prática tudo que aprendeu durante o período da recuperação. "Entrei no mundo das drogas com 13 anos e já fui direto para cocaína, quando já estava quase no fundo do poço, minha irmã e meu cunhado me chamaram para conversar e me mostraram que eu só sairia da 'lama' se eu tivesse vontade. Ao chegar na Fazenda a pior parte foi a abstinência, mas o tempo foi passando e tudo foi entregue nas mãos de Deus, ele tem me mostrado coisas maravilhosas, sou uma pessoa feliz e tenho convicção disso, aqui no espaço eu que não sei cantar, cantei, aqui eu conheci a Canção Nova e estou de saída, mas o propósito é colocar em prática os ensinamento que aqui aprendi", relatou Kleber Carvalho.
Falta de apoio das autoridades
Para manter o espaço, o empresário Osvaldo Ottan, responsável em administrar a Fazenda da Esperança na Arquidiocese, lamenta que ás autoridades nunca colaboraram de nenhuma
maneira para a recuperação de jovens dependentes químicos. "Não foi apenas uma vez, que junto com Dom Itamar procuramos o Governo do Estado e sempre tivemos promessas, essas que nunca foram cumpridas, esperamos até hoje, o que nos mantém é a colaboração dos amigos e das pessoas interessadas no trabalho de recuperação dos jovens", disse Ottan.
Além de Ottan, o arcebispo Dom Itamar Vian também lamenta a falta de interesse das autoridades, em particular de muitos políticos a não olharem para um projeto grandioso como o da Fazenda da Esperança. "É um trabalho de valorização da vida, de mais tranquilidade para as famílias, uma vez que a droga vem destruindo e acabando com a paz de muitos pais e mães", ressalta o arcebispo, completando, "é uma obra grandiosa e em cinco anos nunca recebos ajuda de nenhuma das esferas, seja ela municipal, estadual ou federal".
Clécia Rocha
Jornalista em formação
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