O fórum da organização da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) na Tailândia decorre não só numa nota alta, mas parece uma verdadeira sinfonia optimista. As causas disso são económicas ou, dizendo mais exactamente, estatísticas.
Desde o início da formação da APEC em 1989, a abertura tradicional dos seus fóruns são os numerosos dados estatísticos sobre a economia da Região Ásia-Pacífico (RAP). Os documentos com números e relatórios, divulgados entre os participantes do fórum, são elaborados por investigadores tanto no âmbito da própria APEC como fora dela. Deste modo, a APEC já se transformou num poderoso centro de desenvolvimento da região cujo papel faz lembrar de certo modo o papel da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).
A análise da enorme massa de documentos divulgados no encontro mostra, antes de mais nada, que a RAP vive um poderoso crescimento económico.
O Banco Mundial elaborou um relatório especial para o fórum da APEC, em que se assinala que a Região Ásia-Pacífico passou em geral da recuperação cíclica para o crescimento a longo prazo. Espera-se que este ano o Produto Nacional Bruto da Ásia Oriental seja de 5 por cento e no próximo ano de 6 por cento.
Até há pouco, a economia chinesa era considerada como a principal "locomotiva," deste crescimento. A China estabeleceu no ano passado o recorde de crescimento que atingiu 8 por cento, devendo este ano a respectiva taxa ser de 7,8 por cento, apesar da epidemia da SARS, e no próximo não inferior a 7,4 por cento. As importações da China provenientes dos países da Ásia - assinala-se no relatório do banco - crescem cada vez mais, ajudando-os no desenvolvimento da sua economia. Além disso, crescem também as exportações chinesas para os EUA e outros países. A China transformou-se numa base de produção altamente tecnológica para as companhias multinacionais e animou deste modo todo o sistema de produção e comércio da Região Ásia-Pacífico.
E isso apesar de a epidemia da SARS, de acordo com os cálculos do Comité Económico da APEC, ter diminuído este ano o crescimento do Produto Nacional Bruto da região em 0,5-1 por cento.
A seguir à China, novos recordes são estabelecidos pelo Vietname, Tailândia e outros países. Mas absolutamente inesperado foi o arranque da economia dos EUA (a respectiva notícia apareceu há algumas semanas) e do Japão, que durante muitos anos era considerado como um doente da Ásia. Embora já ninguém espere o fortalecimento do dólar - apesar de todos saberem que os EUA devem importar diariamente capitais no total de cerca de 2 biliões de dólares para não agravar ainda mais o estado de sua balança de pagamentos - "toda a economia mundial melhora graças ao crescimento dos EUA e do Japão" - considera o Banco Mundial. É especialmente significativo que na Região Ásia-Pacífico cresçam, antes de mais nada, os sectores de altas tecnologias. O Comité Económico, grupo de análise e investigação da organização, elaborou como sempre um relatório muito pormenorizado sobre a situação na região. É sensacional a conclusão deste documento segundo a qual quanto maior é o progresso do país "nos sectores baseados no conhecimento", inclusive a informática, as comunicações e as investigações aplicadas, tanto melhores são os seus índices económicos gerais e tanto mais seguro é o seu crescimento.
Trata-se não tanto de um certo novo grupo de sectores quanto de uma nova qualidade de relações. A ciência universitária e corporativa, a compra e venda de informação e propriedade intelectual, a aplicação de conhecimentos na actividade empresarial - tudo isso forma todo um sistema que o Comité Económico qualificou com o novo termo "produção de conhecimentos". E esta é uma produção que, como se torna agora evidente, muda os destinos de países inteiros e promove o desenvolvimento de toda a região.
Se a concepção "economia do conhecimento" tivesse sido expressa por cientistas, eles poderiam concorrer a prémios, possivelmente, até ao Prémio Nobel. Mas como o autor da concepção é colectivo e trabalha para uma organização internacional, a própria ideia será usada, possivelmente, com fins mais práticos, ou seja, para acelerar o crescimento das economias dos países da RAP da qual faz parte também a Rússia. A Rússia, que no âmbito do fórum da APEC apresentou as suas singulares tecnologias, inclusive as de construção de micro-satélites e de diagnóstico médico a grande distância, é também um dos "pólos de crescimento" na zona da APEC (a superação da barreira dos 6 por cento no crescimento económico esperado no fim do ano significa a liderança na APEC) e que graças ao seu potencial da "economia do conhecimento" pode depositar esperanças no prosseguimento deste crescimento. Dmitri Kossyrev observador político da RIA "Novosti"
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