O encontro estabeleceu as diretrizes para as negociações de liberalização do comércio e de prazos para o fim dos subsídios agrícolas dos países ricos. Genoino destacou o papel do G-20 (bloco criado pelo Brasil, Índia e China), que teve o presidente Lula como um dos seus principais articuladores. Na entrevista concedida ao Portal do PT, o presidente nacional do partido também avaliou que é fundamental para a agenda do país a aprovação, em agosto, de projetos pendentes no Congresso. Veja abaixo a íntegra da entrevista.
O Congresso vai conseguir votar agora em agosto os projetos pendentes?
José Genoino É muito importante que o Congresso vote ainda em agosto esses projetos, tais como as PPPs (Parcerias Público-Privadas), as agências reguladoras, a inovação tecnológica, a política industrial e a complementação da reforma do Judiciário. São projetos que ajudam a dar consistência ao crescimento do país, que é a tarefa prioritária neste momento. Tem de haver uma determinação da base aliada ao governo em negociar com a oposição a votação desses projetos.
Qual sua avaliação sobre o acordo assinado neste final de semana em Genebra, Suíça, na OMC, sobre diretrizes básicas de liberalização comercial?
José Genoino O Brasil teve uma grande vitória. O resultado foi um avanço na discussão sobre protecionismo e favorece muito ao Brasil. Foi um momento de grandes resultados da política externa do presidente Lula, principalmente no que se refere à atuação do chamado G-20, grupo que tem uma importância muito grande para a política externa brasileira.
É possível que o governo federal atenda à reivindicação dos governadores do PSDB, que neste final de semana decidiram pedir mais repasses para seus Estados?
José Genoino - O governo do presidente Lula sempre teve uma relação institucional muito correta com os governadores, independentemente da coloração partidária. Essa conversa tem de haver. O que vai nascer dela, não sei. Os governadores sempre querem mais do que o país pode. Mas estamos vivendo um momento muito importante do pacto federativo. De forma que a solução para eles não pode ser em detrimento do papel da União. Num ano eleitoral, é bom que a oposição converse com o governo para que se paute a disputa. As eleições não podem interferir na agenda do país.
Por que a oposição agora quer tirar Henrique Meirelles da presidência do Banco Central?
José Genoino A oposição sempre vai fazer isso. Ela foi derrotada em todo o seu discurso ao longo deste um ano e oito meses, seja no aspecto econômico, no ético ou no social. Agora eles ficam pegando qualquer coisa para tentar se firmar como oposição. Tenho segurança de que os presidentes do Banco Central e do Banco do Brasil darão as explicações necessárias ao país e ao governo.
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