Os países membros da OPEC+ discutem uma possibilidade de reduzir a produção de petróleo em mais de um milhão de barris por dia. Os ministros dos países membros discutirão esta questão em uma reunião em Viena, em 5 de outubro.
Há um mês, os países membros da OPEP+ decidiram reduzir a produção de petróleo em outubro em 100.000 barris por dia. O documento observou então que a decisão de agosto de aumentar a produção foi projetada apenas para setembro, disse a TASS.
Além disso, os ministros da OPEP+ concordaram em realizar reuniões de aliança a qualquer momento para responder às condições do mercado.
O declínio da produção de petróleo em setembro parecia simbólico. De fato, a OPEP+ inclui 23 países. A redução (ou aumento) da produção de petróleo é distribuída em proporção ao mercado. Portanto, são a Rússia e a Arábia Saudita - os líderes da produção de petróleo - que mais reduzem (ou aumentam) a produção de petróleo.
O acordo atual para reduzir a produção de petróleo, se implementado, será muito mais conspícuo do que o anterior. Por que isto está sendo feito, tendo em vista que os preços do petróleo têm estado a um nível bastante elevado atualmente, em torno de US$ 90 por barril?
De acordo com as estimativas dos especialistas, a demanda por petróleo cairá significativamente já nos próximos meses. A demanda de petróleo na China e na Europa tem sido bastante baixa ultimamente. A OPEP+ quer evitar um colapso nos preços do petróleo.
Se a aliança decidir reduzir a produção de petróleo, a OPEP+ demonstrará sua atitude em relação aos apelos de Washington não para reduzir, mas para aumentar a produção de petróleo. As autoridades americanas estão interessadas nisso, pois a escassez de petróleo desencadeia um aumento de preços - não apenas em postos de gasolina.
Vale a pena notar outro fator que diz diretamente respeito à Rússia. A UE discute atualmente outro pacote de sanções contra a Rússia. O novo pacote, entre outras coisas, limitará os preços do petróleo russo.
Washington e os países do G7 já vêm promovendo esta idéia há meses. Hoje podemos ver a União Européia, que inclui 28 estados, discutindo a idéia de limitar os preços do petróleo russo.
As autoridades russas disseram anteriormente que Moscou não forneceria combustível aos países que impõem um limite aos preços do combustível. Consequentemente, levando em conta a redução na produção de petróleo pelos estados da OPEP+, há toda a chance de que os preços do petróleo estabeleçam um novo recorde.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter