A jovem irlandesa conquistou ontem o direito de visitar a Grã-Bretanha para realizar um aborto. A adolescente de 17 anos está grávida de quatro meses, mas, de acordo com os médicos que têm acompanhado a gravidez, o feto sofre de anencefalia e não terá mais do que alguns dias de vida depois do nascimento. A Irlanda é, no entanto, um país tradicionalista onde o aborto é ilegal em todas as situações excepto quando a mãe corre risco de vida.
A jovem, conhecida em tribunal como Miss D, dispôs-se a viajar para realizar o aborto numa clínica privada em Inglaterra mas o sistema nacional de saúde irlandês teve conhecimento e iniciou uma batalha em tribunal para impedir a viagem. De acordo com a organização, a lei irlandesa não permite a interrupção de uma gravidez nas circunstâncias em causa e foi feito um pedido ao gabinete de emissão de passaportes para que não fossem concedidos documentos de viagem à jovem.
Ontem, no entanto, o juiz Liam McKechnie decidiu a favor de Miss D, afirmando que "não existe uma base constitucional para impedir a viagem à Grã-Bretanha para realizar a operação de aborto". Estima-se que a cada ano cerca de sete mil mulheres atravessem o Mar da Irlanda para terminarem gravidezes indesejadas ou problemáticas em território britânico. O caso de ontem, veio expor as contradições e confusões acerca da lei no país que recusa aceitar o aborto legalmente
Fonte Jornal de Noticias
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