O sul-coreano Ban Ki-moon participa nesta quinta-feira de uma cerimônia de juramento para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em ato na Assembléia Geral menos de três semanas antes de assumir o cargo no lugar de Kofi Annan.
Tanto Ban, 62, como Annan, 68, serão homenageados com discursos e com uma resolução da Assembléia Geral, formada por 192 países. Ban assumirá o cargo no dia 1o de janeiro, após 10 anos de liderança de Annan.
No juramento, Ban vai prometer "não procurar nem aceitar instruções em relação ao desempenho de minhas funções de qualquer governo ou autoridade de fora da organização".
Ban, ex-ministro das Relações Exteriores, foi selecionado em outubro pelo Conselho de Segurança, formado por 15 membros, e depois aprovado pela Assembléia Geral como o primeiro asiático a liderar a organização em 35 anos.
Pouco se conhece sobre as políticas de Ban ou sua agenda futura, principalmente em comparação ao antecessor, que viajou muito e manifestou-se sobre temas mundiais, às vezes irritando os Estados Unidos. Quieto e modesto, Ban cometeu poucos equívocos durante sua carreira como diplomata coreano.
Mas em entrevista à Reuters depois de sua eleição, Ban fez uma advertência.
"Posso parecer tranquilo e falar com calma, mas isso não significa falta de liderança e compromisso", disse.
Modéstia e humildade são consideradas virtudes pelos asiáticos, disse, mas isso não deve ser confundido com fraqueza porque "eu tomo decisões definitivas quando é necessário".
Ban vai começar seu mandato de cinco anos no cargo -- classificado por Annan como a "função mais impossível do mundo" -- com uma agenda pesada, com ameaças de proliferação nuclear e terrorismo, além de reformas na administração da ONU.
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