Justiça brasileira mantem a ordem de prisão de Berezovski

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou pedido de recurso do iraniano Nojan Bedroud, ex-diretor da MSI, e manteve a ordem de prisão preventiva dele, do russo Boris Berezovski, apontado como responsável pela parceria, e do iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente da empresa que se associou ao Corinthians, segundo Folha OnLine.

A decisão foi tomada no final de novembro, mas só foi divulgada na segunda-feira. Os três são réus em processo sobre a parceria na Justiça Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As prisões dos acusados foram decretadas em julho pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal de SP.

No recurso, além da revogação da prisão preventiva, a defesa de Bedroud pediu a anulação da decisão de De Sanctis.

Em seu voto, a desembargadora Cecília Mello rejeitou os argumentos da defesa. Segundo ela, a denúncia "não é inepta, pois há firme descrição fática".

Em relação a Bedroud, a denúncia mostrou que ele assinou contratos de câmbio, registros de empréstimos estrangeiros e investimentos externos.

A desembargadora, que teve seu voto acompanhado pelos colegas, disse que os réus estrangeiros tentaram iludir as autoridades brasileiras por tentarem esconder que investiam no Corinthians.

"Todos os denunciados estrangeiros demonstram não possuírem qualquer intenção de colaborarem para a aplicação da lei penal. Em liberdade, certamente tudo farão para inviabilizar a persecução criminal, além de continuarem na prática de tais atividades, circunstância que coloca em grave risco a ordem pública e a credibilidade da Justiça", afirmou.

Kia, Bedroud e Berezovski vivem na Inglaterra. Nenhum deles compareceu ao interrogatório marcado para o mês de novembro. Os três respondem o processo à revelia

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