O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, deu nesta quarta-feira um ultimato às cidades brasileiras postulantes a serem sedes da Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, estará fora da disputa quem atrasar a entrega do projeto que tem por obrigação cumprir todos os pré-requisitos apresentados pela Fifa. O dia limite é 31 de maio. Essa data é irrevogável, seja para os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, ou seja para quem for, declarou o dirigente, durante o seminário sobre o Mundial, realizado num hotel da zona sul do Rio.
Ele explicou a razão de sua ameaça e avisou que não quer acomodação pelo fato de o País ser o único candidato a receber a Copa de 2014. Se não recebermos as informações até o última dia deste mês, não teremos tempo de entregar o caderno de encargos para a Fifa no dia 31 de julho.
A afirmação soou como alerta para os representantes das cidades-candidatas. Ricardo Teixeira disse o Brasil precisa cumprir todas as exigências do Comitê de Candidatura para não perder a organização do evento. Temos que começar a colocar seriedade nas coisas. Nesse projeto, a CBF vai ser rigorosa, até por exigência da Fifa, afirmou. Essa situação assemelha-se a um vestibular. Não adianta o aluno se preparar o ano todo e chegar no dia da prova atrasado. Ficará chorando do lado de fora, como acontece várias vezes.
Ele voltou a dizer que, atualmente, nenhum estádio brasileiro tem condições de realizar um jogo de Copa do Mundo, a não ser que se façam grandes reformas estruturais ou se construam outros palcos. O presidente da CBF continua pondo em dúvida a utilização do Maracanã e do Morumbi e acredita que o Mineirão, em Belo Horizonte, e o Mané Garrinha, em Brasília, são mais fáceis de serem reformulados. Os dois dispõe de um terreno lateral onde pode ser erguido um imenso estacionamento.
O diretor do Departamento de Competições da Fifa, Jim Brown, expôs a dificuldade de se realizar uma Copa do Mundo. Citou, por exemplo, dados do Mundial da Alemanha, ocorrido em 2002, no qual foram gastos 5 bilhões de euros (cerca de R$ 14 bilhões) somente com transporte e construção de estádios. Transporte, hotelaria, aeroportos, hospitalidade e estádios são essenciais para a organização de um evento dessa grandeza.
Alguns representantes das cidades-candidatas se assustaram com a dimensão dos números. Realmente assusta, admitiu o ex-jogador de vôlei Carlão, atual secretário de Esportes de Florianópolis .
Fonte Agência Estado
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