Viegas deixa o cargo e vice-presidente Alencar assume Ministério

Viegas entregou sua carta de demissão quando sua exoneração já estava decidida pelo presidente, que preferiu guardá-la e esperar até o término das eleições municipais. O principal motivo alegado por Viegas, em sua carta de 36 linhas, é o mesmo que levara o presidente a decidir por sua demissão: a quebra da cadeia de comando militar. Viegas condena a atitude das Forças Armadas no episódio sobre a publicação de fotos de um preso político identificado pelo jornal Correio Braziliense como o jornalista Vladimir Herzog, morto no DOI-Codi de São Paulo, em outubro de 1975. As fotos foram feitas por antigos agentes do Serviço Nacional de Informações (SNI) do padre Leopold D´Astoas, nu, ao lado de uma mulher nos arredores de Brasília.

O presidente Lula convocou Viegas e três comandantes militares para reunião em 22 de outubro, na Base Aérea de Brasília. Nesta reunião ocorreu o pedido de demissão do diplomata e Lula exigiu a retratação pública dos militares numa segunda nota.

Durante toda a tarde de ontem (04 de novembro) foi intensa a movimentação de assessores do Ministério da Defesa na casa de Viegas, na Península dos Ministérios, no Lago Sul, em Brasília. O destino de Viegas ainda é incerto, uma das possibilidades é a Embaixada do Brasil em Madri e outra é a Embaixada em Paris.

Andreia Quaiat PRAVDA.Ru SÃO PAULO, BRASIL

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