Embora os tornados sejam mais comuns em países como os Estados Unidos, o Brasil também pode registrar esse tipo de fenômeno — especialmente durante a chegada de frentes frias potentes combinadas com ar quente e úmido. E, segundo meteorologistas, o Sul do país é a região com maior risco.
Frentes frias são sistemas meteorológicos que trazem queda de temperatura, chuvas e mudanças no padrão do vento. Quando encontram massas de ar quente, formam áreas de instabilidade que podem evoluir para tempestades severas, com granizo, ventos fortes e, em casos extremos, tornados.
De acordo com o portal MetSul, o risco é maior em períodos de transição de estação, como outono e primavera, quando o contraste térmico é mais acentuado.
O tornado nasce dentro de uma supercélula — um tipo específico de tempestade com rotação interna. Quando há grande diferença entre as temperaturas das massas de ar e muita umidade na atmosfera, surgem as condições ideais para esse tipo de formação.
No Brasil, os tornados geralmente são de menor intensidade que nos Estados Unidos, mas podem causar danos significativos: destelhamentos, queda de árvores, destruição de estruturas frágeis e riscos à vida.
O Sul do Brasil — especialmente o norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e partes do Paraná — concentra a maior parte dos registros de tornados no país. Isso se deve à geografia e ao encontro frequente de frentes frias com ar tropical úmido.
No entanto, outras regiões, como interior de São Paulo, sul de Minas e até áreas do Centro-Oeste, também podem ter episódios esporádicos, embora mais raros.
Se esses sinais forem observados, o ideal é buscar abrigo em locais seguros, longe de janelas, e acompanhar os alertas da Defesa Civil e institutos meteorológicos.
Evite permanecer em áreas abertas, dentro de veículos ou estruturas frágeis como galpões. O local mais seguro é o interior de uma casa sólida, de preferência em cômodos sem janelas. Escolas, supermercados e ginásios com estrutura reforçada também são boas opções.
O Brasil não está imune aos extremos climáticos. E, com o avanço das mudanças globais, eventos como tornados, ciclones e tempestades intensas tendem a se tornar mais frequentes. Informação e preparo são as melhores formas de prevenção.
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