Pelo menos sete pessoas ficaram feridas nos confrontos na sede do antigo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde na sexta-feira.
A polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar ativistas da delegação, o grupo histórico que levou a Guiné-Bissau, uma ex-colônia portuguesa, à independência em 1974.
O partido tinha planejado realizar um congresso de sábado a terça-feira, mas uma facção liderada por um de seus líderes, Bolom Conté, não estava em acordo com outros líderes do partido.
Bolom Conte levou o caso à Justiça em fevereiro para contestar o direito do ex-primeiro-ministro e líder do partido desde 2013, Domingos Simões Pereira, de organizar o congresso, argumentando, segundo ele, que seu "mandato já terminou" em o chefe do partido.
Mais tarde, o tribunal proibiu o congresso. A polícia foi posteriormente orientada a garantir que o congresso não ocorresse, uma decisão que foi contestada por membros do partido e ativistas.
O PAIGC, cujo líder Domingos Simões Pereira foi derrotado na segunda volta presidencial de 2019, continua a contestar a eleição do Presidente Umaro Sissoco Embalo.
Pereira também foi proibido de deixar o país no final de fevereiro como parte de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe em 2021.
A Guiné-Bissau, um pequeno país de cerca de dois milhões de habitantes, sofre de instabilidade política e militar crónica.
Fonte: All Africa Tradução Acácio Banja
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