Mais de trezentos mil pessoas (mais de três por cento da população portuguesa) marcharam hoje em Lisboa central numa mega-manifestação contra as políticas socialmente ofensivas do governo conservador, de direita do Partido Socialista, um insulto ao socialismo, um insulto a quaisquer noções de Governo e a epítome de políticas de laboratório praticadas por políticos profissionais que nunca tiveram um emprego a sério.
Trezentas mil pessoas em Portugal é muita gente. Em termos dos Estados Unidos da América, seria equivalente a nove milhões de pessoas. Em termos de Reino Unido, França, Itália, quase dois milhões de pessoas. No Brasil, seis milhões.
O povo português marchou hoje em protesto contra o pacote de austeridade social proposto pelo Partido Socialista (que na verdade não é nada Socialista), em uma manifestação com o apoio do Sindicato GCTP, o Partido Comunista Português, Partido Os Verdes e Bloco de Esquerda.
O povo português tem sido governado pelos dois principais partidos, o Partido Social-Democrata e do Partido Socialista, por vezes, em coligação com o Partido Popular (Democratas-Cristãos) desde a Revolução de 25 de abril de 1974. O que assistiu desde então, foi a venda dos bens do país, a destruição de suas indústrias, a destruição de sua agricultura e das pescas. Em troca de quê?
Todo e qualquer novo governo começa seu mandato com a frase repugnante "Vamos pedir sacrifícios ao povo português". Isso vem acontecendo há três décadas e
?
Agora, o Governo Socialista (brincadeira!) do primeiro-ministro José Sousa (que se chama José Sócrates, como se fosse algum acadêmico ... outra piada em Portugal) anunciou um pacote de austeridade que não é mais ou menos que um insulto para o povo português e outros que trabalham no duro neste país, que tiveram de aturar estes políticos profissionais praticando a política de laboratório, sem terem nenhuma idéia do que é trabalhar.
Daí trezentos mil (ou mais) pessoas marchando por Lisboa central neste sábado.
Sob o Governo do Sr. Sousa (ou Sócrates, ou lá que ele quer chamar-se) e os governos anteriores liderados pelos social-democratas (incluindo os dez anos no poder do ex-primeiro-ministro, agora presidente de Portugal, Aníbal Silva, que se chama Cavaco Silva, por algum motivo, que liderou o país num momento em que os Euro-milhões estavam jorrando pelas fronteiras dentro e foram posteriormente desperdiçados), o salário médio em Portugal chegou a um auge de cerca de 800 euros por mês. Os preços nos supermercados devem ser dos mais elevados da Europa.
A hipoteca média mais seguro em Lisboa é de 900 euros, a renda de um apartamento normal, em Lisboa, pelo menos, 400 euros, mais provavelmente 600. Salários para o recém-empregados diminuíram até 40 por cento nos últimos cinco anos, 50 por cento dos desempregados recebem 419 euros por mês (167 pães), 75 por cento recebem 428 Euros (171 pães).
Este Governo tirou medidas de apoio para 187 mil pessoas desempregadas na quinta-feira e no dia seguinte decidiu anunciar mais medidas para apoiar o sistema financeiro, que enviou milhares de portugueses para a miséria com as suas altas taxas de juros. Este Governo anunciou, em duas ocasiões, que não iria aumentar os impostos, e em duas ocasiões prontamente foi precisamente isso que fez.
Este Governo não fez absolutamente nada para ajudar o povo português, carente de esperanças e expectativas; este Governo apertou cada vez mais as classes média e operária, já em situação precária, e enviou-os numa espiral de desespero, enquanto cliques sucessivos dos políticos aumentaram os salários dos deputados, aumentaram de subsídios de viagem enquanto violaram do povo.
Hoje, 300 mil pessoas, disseram Basta! Ninguém votou a favor da União Europeia ou as suas medidas de convergência, ninguém pediu os Tratados de Maastricht ou Nice ou de Lisboa, ninguém perguntou se alguém queria o Euro, que viu os preços aumentar em flecha em Portugal, enquanto os salários ficaram muito para trás.
O (Nacional) Socialista Governo do Sr. José Sousa em Portugal é um insulto para o socialismo, um insulto para a Europa e um insulto ao povo português.
Natália SANTOS
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