Alípio Ribeiro, diretor da Polícia Judiciária (PJ) manifestou ter uma "posição diferente" da do governo quanto à filosofia de investigação criminal e considerou que essa divergência era inconciliável para sua manutenção no cargo , segundo a Agência Lusa
José Maria de Almeida Rodrigues, 49 anos, coordenador de investigação criminal da PJ, será o sucessor de Ribeiro, de acordo com TVI.
Segundo a Rádio Renascença, Alípio Ribeiro alegou estar cansado da exposição de seu cargo na mídia.
O mandato de Alípio Ribeiro à frente da PJ, que terminava em abril do próximo ano, ficou marcado por algumas polêmicas.
Na última segunda-feira, seguiu para promulgação pela presidência portuguesa uma nova lei sobre a Polícia Judiciária, enquanto nesta quarta o Parlamento luso deve aprovar a nova Lei de Segurança Interna e a nova Lei de Organização da Investigação Criminal.
Em entrevista publicada na segunda-feira pelo jornal Diário Econômico, Alípio Ribeiro se mostrou a favor da transferência da tutela da PJ do Ministério da Justiça para o da Administração Interna - que concederia mais "eficácia" -, criticando o cargo de secretário-geral da Segurança Interna que será criado com as mudanças na legislação.
O mandato de Alípio Ribeiro também ficou marcado por uma declaração referente à investigação do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann.
Alípio Ribeiro afirmou em uma entrevista que teria havido "alguma precipitação" ao se declarar como suspeito o casal McCann, pais da criança que desapareceu no sul de Portugal em 3 de maio de 2007.
Essa afirmação foi fruto de bastante polêmica em Portugal e levou o ministro da Justiça, Alberto Costa, a dar explicações no Parlamento.
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