O Procurador-Geral de Portugal (PGR) pretende reforçar a autoridade dos professores nas escolas. Impõe-se que seja reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas.
O que, até agora, raras vezes, tem acontecido, diz Fernando Pinto Monteiro, citado pelo Diário Económico. As declarações do Procurador foram provocadas por um caso recente de violência escola Carolina Michaelis no Porto . Uma aluna agrediu a professora por causa de um telemóvel
O responsável máximo pela investigação criminal em Portugal, em declarações ao Diário Económico, garante que nalgumas escolas formam-se pequenos gangs que depois transitam para gangs de bairro, armados e perigosos.
Pinto Monteiro considera que a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de embrião para níveis mais graves de criminalidade. As declarações do Procurador-Geral da República têm sido insistentemente desvalorizadas pelo Governo que, aliás, considera que os dados oficiais apontam para uma diminuição da violência física e verbal nas escolas.
As áreas metropolitanas que, de acordo com os últimos dados do Ministério da Educação, registaram mais episódios de violência escolar no ano lectivo 2006/2007 são Lisboa e Porto. No ranking das regiões, Lisboa lidera com 56,3% de ocorrências registadas pela Direcção regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo.
Em segundo lugar surge o Porto, com 25%. Apesar de registar uma taxa de apenas 8,6% (a terceira mais elevada), o Algarve é no entanto a região do país com maior número de ocorrências por mil alunos: 4,26. Em Lisboa, este número desce para os 3,38 e no Norte para 1,36. De acordo com o Observatório da Segurança em Meio Escolar, a região Centro é a que regista menos violência nas escolas: 4,6% do total das ocorrências, o que equivale a apenas 0,56 por cada mil alunos.
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