"Pouca esperança" tem a Polícia Judiciária portuguesa de que os detetives britânicos possam resolver o mistério do desaparecimento de Madeleine McCann, 4, após os novos interrogatórios aos pais da garota e a um grupo de amigos do casal.
Segundo o jornal inglês "Daily Telegraph", os agentes portugueses "tem pouca fé" em que a polícia de Leicestershire consiga obter resultados ao interrogar os médicos Kate e Gerry McCann e os sete amigos que jantaram com o casal na noite em que a garota desapareceu, no último dia 3 de maio.
Os agentes dizem acreditar, que frente à ausência de evidências forenses conclusivas, o segredo para resolver o mistério do desaparecimento de Madeleine poderia estar nas inconsistências dos depoimentos dados pelos McCann e pelos amigos.
"Apenas o confronto de todos aqueles vinculados com o caso pode dar alguma luz sobre os eventos ocorridos em 3 de maio", declarou uma fonte policial da investigação ao jornal português "24 horas".
No entanto, a fonte expressou dúvidas sobre a possibilidade de a polícia de Leicestershire obter resultados. "Não será fácil", disse.
Os novos interrogatórios serão realizados pelos agentes britânicos na presença dos policiais portugueses.
"Seria diferente se as pessoas a serem interrogadas fossem pressionadas por nossos policiais. É improvável que a polícia de Leicestershire duvide dos depoimentos já dados", acrescentou.
Volta a Portugal
Caso não sejam obtidas as respostas que a polícia busca, os McCann e os sete amigos poderão ser chamados para depor em Portugal, ainda que tenham o direito de se negarem a viajar.
Por sua vez, o porta-voz oficial dos McCann, Clarence Mitchell, declarou que agora irá depender da policia de Leicestershire "estabelecer seus padrões".
"Nada indica que eles não irão atuar com profissionalismo e competência. Não acreditamos que estes interrogatórios ocorram antes do Natal, mas, se isso acontecer, não há problema", acrescentou o porta-voz.
Madeleine desapareceu de um quarto de hotel no complexo turístico de Ocean Club em praia da Luz, sul de Portugal, enquanto dormia com os irmãos, os gêmeos Sean e Amelie, de 2 anos. Seus pais jantavam com um grupo de sete amigos em um restaurante próximo.
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