Baronessa narcotraficante presa na Operação Fênix

A narcotraficante, Jaqueline Alcântara de Morais, foi presa ontem (22) pela Polícia Federal em conjunto com outros integrantes da quadrilha do marido dela , Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, encarcerado desde 2002. Segundo o delegado federal Wagner Mesquita de Oliveira, ela vinha comandando a quadrilha há seis meses. Na chamada Operação Fênix , no total, ocorreram 11 prisões em quatro Estados . Dois dos presos eram fornecedores de drogas foragidos da Justiça brasileira e paraguaia.

Jaqueline só tomou a frente dos negócios, ainda conforme o delegado, depois do desaparecimento do advogado João José Vasconcelos Kolling, de 29 anos. Com registro original da Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará (OAB-CE), Kolling atuava há algum tempo no Rio, onde residiu em Petrópolis. A PF acredita que ele foi assassinado pelo grupo.

As investigações sobre a continuidade dos negócios de Beira-Mar começaram quando ele estava recolhido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e dispunha de um celular - mas estava sendo monitorado. Desde sua transferência para o Presídio Federal de Catanduvas (PR), em junho de 2006, não fez mais uso de comunicação telefônica, segundo o delegado Mesquita.

“Ele está detido, mas não está incomunicável. Ele recebe advogados, parentes e amigos. Dessa forma, ele transmite suas orientações para a organização criminosa. Durante um ano e meio de monitoramento não foi detectada nenhuma comunicação de Fernandinho Beira-Mar com o mundo externo à prisão via telefone celular”, disse.

De acordo com a Polícia Federal, a polícia afirmou que as drogas eram importadas pela quadrilha, principalmente do Paraguai, Bolívia, Venezuela e Colômbia, e entravam no Brasil, na maioria das vezes, pelo estado do Paraná, na região de Foz do Iguaçu, por meio de aviões, carros e caminhões.

Os produtos eram comercializados principalmente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma das principais facções criminosas de São Paulo também estaria envolvida na organização. Segundo a Polícia Federal, por meio dos contatos feitos por Fernandinho Beira-Mar, foi possível identificar todos os fornecedores de drogas da quadrilha. Um dos advogados do traficante João José de Vasconcellos Kolling, continua foragido há seis meses.
Outros mandados de prisão ainda serão cumpridos.

Em julho de deste ano, Beira-Mar foi levado para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Lá, casou-se no fim de setembro com Jacqueline , com quem namorava havia 15 anos - e tem três filhos. Tiveram direito a uma breve lua-de-mel na cela íntima.

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