O escultor , Carlos Amado, confirmou a festa no seu ateliê: uma sardinhada de São João. Passaram pela festa 60 a 80 pessoas, incluindo um grupo de alunos da Casa Pia. O rapaz de 14 anos já prestou declarações ao Ministério Público e afirma que tudo se passou durante uma festa, no ateliê do escultor, segundo informa SIC.
"Um rapaz que é o Paulo Ramos, e a Sandra que o acompanha sempre, têm um grupo de miúdos dos quais tomam conta e para os quais organizam festas, ou vão ver espectáculos. E ele pediu-nos para vir também aqui à sardinhada. Porque não?", alega.
Paulo Ramos é educador do Lar Cruz Filipe, da Casa Pia e foi suspenso há dias, por suspeita de angariar crianças para a prática de abusos sexuais. Chegou a arranjar trabalho no ateliê para um aluno, amigo do rapaz que alega ter sido abusado.
Carlos Amado confirma esse facto, mas nega qualquer abuso durante a festa.
Ainda sobre Paulo Ramos, o escultor não acredita nas suspeitas que recaem sobre o educador da Casa Pia. "Ponho as mãos no fogo. Acho que é um rapaz que tem procedido de forma exemplar com aquelas crianças, olhando realmente ao interesse delas. Até lhe posso dizer: houve uma altura que tive grande conhecimento com um circo que veio ao CCB, e - através do meu empregado António José - o Paulo pediu-lhe e o António arranjou-lhe bilhetes de graça."
O escultor admite recorrer aos tribunais para se defender, mas não sabe contra quem. Para já faz questão de clamar inocência. "Sou um professor universitário jubilado. Tenho trinta e tal anos de ensino. Já viu a imagem com que vou aparecer junto dos meus ex-alunos, a quem sempre pedi e formei no sentido de uma ética de comportamento?!"
O caso está a ser investigado pelo Ministério Público, que no entanto ainda não pediu a colaboração da Polícia Judiciária. A Procuradoria Geral da República já anunciou a criação de uma equipa especial para identificar os casos de risco.
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