A proposta de "embargo total e imediato" apresentada ontem pelo Parlamento Europeu O diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, disse ter plena convicção de que não afetarão as exportações brasileiras de carne. Ele considera que há um "processo de desobediência" por parte da Irlanda e do Reino Unido, já que a decisão de manter as importações do produto brasileiro parte de um corpo técnico altamente qualificado da própria Comunidade Européia.
"A Irlanda perdeu espaço na Rússia e Egito por problemas de competitividade. Para produzir um quilo de carne bovina, o Brasil gasta US$ 1, enquanto a Irlanda gasta US$ 3", diz Camardelli. Em sua opinião, trata-se da aptidão de cada país. "Pelo mesmo motivo, nós não produzimos uísque. Não porque nosso produto não seja bom, mas porque não teríamos competitividade", compara o diretor-executivo da Abiec.
Para ele, as críticas à produção brasileira não têm fundamento já que o País não precisa usar hormônios para ampliar sua produtividade, mas pode e usa manejo e melhoramento genético. Ontem, durante a apresentação do relatório extra-oficial feito por irlandeses, foram apresentadas imagens de um fazendeiro injetando hormônios nos animais. "Não há veracidade nesta imagem porque é proibido o uso da anabolizantes no Brasil", afirma.
Camardelli lembra ainda que o Brasil tem um rigoroso programa nacional de controle de resíduos biológicos, que atende às exigências do bloco europeu. Segundo ele, as averiguações são feitas mensalmente em amostras sorteadas aleatoriamente nas fazendas habilitadas a exportar para UE. "O programa de alerta da UE nunca apresentou problemas", observa.
Fonte Agencia Estado
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