Investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa galardoada com o Prémio Bronstein pelo seu trabalho no domínio da gravidade quântica
O Prémio Bronstein, o reconhecimento mais importante atribuível a um investigador de pós-doutoramento que trabalhe num tópico relacionado com a Gravidade Quântica em Loop, foi anunciado no dia 5 de julho durante a conferência Loops'17, que decorreu em Varsóvia, na Polónia. O Prémio Bronstein de 2017 foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA1)
A Gravidade Quântica em Loop (Loop Quantum Gravity) é uma teoria que tenta reconciliar as duas principais teorias da física, a teoria quântica de campos e a relatividade. Procurando descrever a natureza quântica da gravidade, a comunidade científica nesta área visa entender o espaço-tempo como emergindo de uma geometria não contínua, ou seja, quantizada.
O trabalho de Mercedes Martín-Benito insere-se num sub-domínio designado Cosmologia Quântica em Loop (Loop Quantum Cosmology), que procura sobretudo estudar os efeitos de flutuações quânticas da geometria do espaço-tempo na física do Universo primordial, quando os efeitos quânticos e a gravidade tinham ambos um papel fundamental.
Mercedes Martín-Benito comenta: "O Prémio Bronstein servirá para consolidar-me ainda mais como um dos especialistas mundiais em Cosmologia Quântica em Loop, e também para dar mais visibilidade ao meu trabalho de investigação."
A sua investigação tem permitido estabelecer uma melhor formulação da Cosmologia Quântica em Loop homogénea e desenvolver uma abordagem híbrida que permite a integração da quantização de não homogeneidades nesta teoria. Martín-Benito prossegue este trabalho no IA, com o objetivo de analisar as suas previsões físicas e de as comparar com observações.
NOTAS:
1. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é a maior unidade de investigação na área das Ciências do Espaço em Portugal, integrando investigadores da Universidade do Porto e da Universidade de Lisboa, e englobando a maioria da produção científica nacional na área. Foi avaliado como "Excelente" na última avaliação que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) encomendou à European Science Foundation (ESF). A atividade do IA é financiada por fundos nacionais e internacionais, incluindo pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (UID/FIS/04434/2013),POPH/FSE e FEDER através do COMPETE 2020.
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