Por Arialdo Pacello
A trajetória de Jair Bolsonaro como delinquente é nítida, tão clara que tem registro indelével na História. Aqui faremos um resumo, bastante sintético, de suas atividades desde os mandatos de deputado até a Presidência da República, onde caiu de paraquedas, afinal trata-se de um ex-capitão paraquedista. Para registrar suas ilícitas (ou legais mas imorais) atividades, seriam necessárias páginas e páginas, um catatau, que retratariam os crimes e a insensatez do desequilibrado e espúrio “presidente" militar.
Documento secreto produzido pela inteligência do Exército na década de 1980, apresentado pelo seu superior hierárquico coronel Carlos Alfredo Pellegrino, revela o comportamento do tenente Jair Bolsonaro, hoje presidente da República, em que ele demonstrou “excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente”, um propósito incompatível com a carreira militar.
A avaliação foi protocolada sob sigilo, em 1987, no gabinete do então ministro do Exército, cargo ocupado, naquela ocasião, pelo general Leônidas Pires Gonçalves, a fim de ser anexado ao processo a que Bolsonaro foi submetido no Conselho de Justificação. Nesse processo, Bolsonaro foi acusado de indisciplina e deslealdade. Bolsonaro acabou sendo condenado por tal transgressão disciplinar, por unanimidade dos três membros (três coronéis) do Conselho responsáveis pelo parecer final. Mas Bolsonaro conseguiu ser absolvido no Superior Tribunal Militar, o que em muito contrariou o então ministro do Exército general Leônidas Pires Gonçalves.
"[Jair Bolsonaro] deu mostras de imaturidade ao ser atraído por empreendimento de 'garimpo de ouro'. Necessita ser colocado em funções que exijam esforço e dedicação, a fim de reorientar sua carreira. Deu demonstrações de excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente".
Ainda segundo o coronel Pellegrino, Bolsonaro "tinha permanentemente a intenção de liderar os oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos".
Em 2011, o coronel Jarbas Passarinho declarou: “Nunca pude suportar Jair Bolsonaro. Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM). O ministro (do Exército), que era o Leônidas (Pires Gonçalves), rompeu com esse general por causa disso”.
Portanto, não é nenhuma novidade que Bolsonaro, hoje, como “presidente” da República, manifeste total apoio aos garimpeiros e madeireiros ilegais, clandestinos, que destroem as florestas, poluem as águas e invadem terras indígenas. Nada de novo. O psicopata-genocida-ambicioso continua o mesmo!
Desde 1991 até 2018 como deputado federal, eleito e reeleito nas urnas (na maioria das vezes pelas urnas eletrônicas), cargo que ocupou durante 27 anos, graças à sua habilidade para enganar e mentir, Bolsonaro apresentou apenas dois projetos que acabaram sendo aprovados. Mas manteve ininterruptos 27 anos de conluio com funcionários fantasmas, ou com milicianos, através dos quais praticava as “rachadinhas”, atividade criminosa que consiste em tomar parte do salário de seus assessores parlamentares, muitos deles na condição de funcionários fantasmas. “Wal do Açaí”, por (mau) exemplo, é um caso emblemático. Durante 15 anos ela figurou como "assessora de Bolsonaro na Câmara”, com salário pago pelo erário.
Walderice Santos da Conceição foi secretária no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro e é suspeita de ter sido funcionária 'fantasma'. Bolsonaro sempre negou irregularidade.
Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília 23/03/2022
A ex-secretária parlamentar Walderice Santos da Conceição afirmou em depoimento a procuradores que "nunca" esteve em Brasília. Conhecida como Wal do Açaí, ela era secretária no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e é suspeita de ter sido funcionária "fantasma".
O Ministério Público Federal em Brasília entrou com ação de improbidade contra Bolsonaro e Wal do Açaí. Segundo a ação, ela esteve lotada no gabinete de Bolsonaro durante mais de 15 anos, mas nunca viajou para Brasília nem exerceu qualquer função relacionada ao cargo.
E pensar que hoje a AGU (mantida com dinheiro público) está defendendo Wal do Açaí, que jamais trabalhou no gabinete de Bolsonaro quando este era deputado federal, mas ganhou dinheiro público durante 15 anos. É de se perguntar: para que serve a AGU – Advocacia Geral da União?
Fabrício Queiroz é outro mancomunado com Bolsonaro nos esquemas de "rachadinhas". Policial militar, Queiroz é acusado, pelo Ministério Público, de fazer "depósitos" de dinheiro obtido criminosamente por esse meio de corrupção.
Queiroz recebeu R$ 2 milhões, em 483 depósitos bancários, dinheiro esse tomado de assessores ligados a Flávio Bolsonaro, filho do atual presidente da República Jair Bolsonaro. “Para o Ministério Público, o ex-assessor parlamentar era o operador financeiro de um esquema de 'rachadinha' no gabinete de Flávio na Alerj. A defesa nega.” (Por Arthur Guimarães, G1 Rio, em 18/12/2019.)
Em 2018, golpe arquitetado pela "Santíssima Trindade Imperial" (Wall Street, Pentágono e Casa Branca), contando com a conivência da mídia venal e mercenária do Brasil e com o apoio de corruptos autóctones, elementos da extrema direita brasileira, facção nazifascista, parlamentares membros das bancadas da Bala, da Bíblia, do Boi, enfim, da Bandidagem em geral, elegeu Jair Bolsonaro para o cargo de "testa de ferro" dos ianques na Presidência da República do Brasil, graças às manobras praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro em conluio com o procurador Deltan Dallagnol, além da participação de vários desembargadores e com o explícito apoio do sistema financeiro internacional, sediado em Wall Street, para onde Sérgio Moro viajava constantemente a fim de receber orientações de como conduzir o golpe.
Os golpistas conseguiram acusar, julgar e prender o ex-presidente Lula, que naquele momento liderava (como ainda hoje lidera) nas pesquisas que o indicavam como candidato a presidente da República. Sem qualquer prova do fato sobre o qual o acusavam, Lula foi preso com base em ilações de um juiz parcial e incompetente, Sérgio Moro, que agora foi declarado réu em uma ação popular que pede o ressarcimento aos cofres públicos pelos danos que causou à economia brasileira na condução dos julgamentos no âmbito da Operação Lava Jato.
Lula, naquele momento, tinha, conforme pesquisas, uma enorme vantagem sobre o segundo colocado, Jair Bolsonaro. As pesquisas indicavam o dobro das intenções de votos em favor de Lula, que acabou cumprindo 580 dias de prisão, abatidos dos 9 anos a que fora condenado por Moro.
Mas era importante, fundamental, para a extrema direita, elitista, reacionária, latifundiária, entreguista e sonegadora, promover o impeachment da presidente Dilma e a prisão do ex-presidente Lula. Afinal, Lula já havia conduzido o Brasil da 12ª potência econômica mundial para o 6º lugar entre as maiores economias de todo o mundo. O governo Lula (2 mandatos: de 2003 a 2010) havia provado a eficiência de seus programas sociais, que retiraram 35 milhões de brasileiros da pobreza absoluta e criado mais de 25 milhões de empregos formais. Lula e Dilma construíram e inauguraram 18 Universidades Federais e centenas de Escolas Técnicas, além de construírem e entregarem para o público cerca de 3,4 milhões de casas populares. Também haviam criado dezenas de hospitais públicos e centenas de UPAs (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas). O governo Dilma entregou a trabalhadores da base da pirâmide social mais de 1.200 casas por dia, desde 2011 até 2016, quando foi golpeada.
Certamente isso não interessava aos latifundiários, grileiros e sonegadores que enviam fortunas para serem depositadas em paraísos fiscais, um meio de sonegação de impostos, a começar por banqueiros privados e especuladores em geral, como Paulo Guedes, hoje ministro da Economia de Jair Bolsonaro, imposto pelo sistema financeiro internacional, a Troika formada por Wall Street, Pentágono e Casa Branca.
Então, acabaram por prender Lula, por meio de uma sentença do ex-juiz Sergio Moro, que se fundava em falsas notícias divulgadas pela mídia (TVs, jornais, revistas e redes sociais). Foi dessa forma que Bolsonaro ficou com o caminho livre para ser eleito presidente, fazendo do seu governo a mais espúria entre as gestões federais no nosso País. O STF acabou declarando o juiz Moro suspeito e incompetente.
Depois de inocentado pela justiça brasileira em todos os processos resultantes da Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula obteve mais uma importante vitória na esfera internacional, provando sua inocência e a perseguição política da qual foi vítima no âmbito da Operação Lava Jato. Acionado o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), este reconheceu que Lula sofreu violações grosseiras, com julgamento parcial e incompatível com os padrões nacionais e internacionais do Direito. A ONU também considerou que os direitos políticos d e Lula foram feridos ao ter sido impedido de disputar as eleições de 2018.
Genocida, corrupto e mancomunado com parlamentares desonestos, vendedores de apoio, cafungadores de grana do Orçamento Secreto.
A partir de 2020, a COVID-19 se alastrou pelo Planeta. Nos EUA, Trump (reacionário, mas nem tão estúpido quanto Bolsonaro) mostrou-se, inicialmente, um negacionista, desdenhando a gravidade da pandemia e não reconhecendo a necessidade de aplicação de vacina. Mas logo curvou-se à realidade e concordou que havia necessidade de seguir as determinações dos fóruns científicos.
No Brasil, o presidente Bolsonaro (ignorante, reacionário e deficiente cognitivo) prosseguiu como negacionista: combateu a vacinação, combateu o uso das máscaras, combateu o lockdown, combateu a ciência. O Brasil só começou a comprar as vacinas depois da pressão de cientistas progressistas, que, a partir daí, tiveram grande cobertura por considerável parte da mídia hegemônica.
O presidente genocida chegou a rir zombando das pessoas que perderam pais, mães, irmãos, parentes e amigos em geral. Até o presente, são mais de 600.000 mortos. O Bozo, como o presidente brasileiro é tratado nas redes sociais, chegou a dizer que o choro dos órfãos, das viúvas e dos enlutados em geral não passavam de "mimimi" (uma espécie de onomatopeia que significa o "choro de que reclama à toa").
Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, cortaram verbas da Educação, perseguiram reitores, funcionários e alunos de universidades que se manifestaram contra o desmonte da Educação. O governo despótico de Bolsonaro patrocinou aumento salarial dos cães de guarda que pretendem garantir sua permanência no governo até 2035, quando já tivessem eliminado, por tortura (Bolsonaro declara-se favorável à tortura em interrogatório) e execução sumária, todos os inimigos do regime ditatorial que os golpistas pretendem implantar no Brasil, nos moldes do que ocorreu a partir do golpe militar em 1964.
As verbas do Orçamento Secreto (R$ 16 bilhões, somente em 2021) foram destinadas, prioritariamente, a apoiadores do Governo Federal.
ORÇAMENTO SECRETO: instrumento ilegal, inconstitucional (conforme declaração do STF) e, mais que isso, imoral, por meio do qual o Executivo autoriza o Legislativo a destinar verbas para a realização de obras indicadas por parlamentares, sem que estes sejam identificados.
“Nesta terça-feira (21/12), o governo deu mais um duro golpe nos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público federal e aprovou a lei orçamentária de 2022, com previsão de reajuste [salarial] apenas para os militares e servidores da segurança pública (PF, Policiais Rodoviários) deixando de fora os demais servidores”.
Nada tenho contra as Forças Armadas, nem contra as Polícias, como instituições. Nada! Elas estão aí para cumprir um papel crucial, que eu respeito. Setores fundamentais são a Educação, a Saúde e o Trabalho, geração de postos de trabalho, seja na agricultura, na indústria, no comércio, nos serviços, na higiene e limpeza. Muitos são os órgãos de controle e fiscalização, como IBAMA, ICMBIO e FUNAI, que realizam tarefas fundamentais no combate às criminosas atividades que devastam o meio ambiente. Mas esse governo espúrio e despótico desprezou tudo isto. Perseguiu reitores de universidades federais, destituiu técnicos e fiscais competentes e honestos. Anulou multas de quem praticou crimes ambientais. Enfim, desprezou os servidores civis, desprezou os que sustentam a Nação.
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes são, atualmente, os maiores mentirosos e traidores da pátria brasileira. São bandidos, quadrilheiros, elementos de alta periculosidade. Estão a serviço das elites econômicas brasileiras e do sistema financeiro from Wall Street.
Arialdo Pacello é advogado e servidor público aposentado do Banco do Brasil.
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