Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela
Fim à agressão dos EUA!
Respeitar a soberania do povo venezuelano!
Assinala-se hoje, 19 de Abril, o Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela, que celebra o início da luta pela independência do jugo colonial espanhol, em 1810, dirigida por Simón Bolívar.
Hoje, 210 anos passados, o combate pela afirmação da soberania e independência nacional da Venezuela, associada ao progresso social do seu povo, não só prossegue como se encontra num momento particularmente importante.
Este dia assinala-se numa situação complexa para os povos do mundo, devido à pandemia da Covid-19. Na Venezuela, as medidas de saúde pública prontamente assumidas pelas autoridades bolivarianas, e o apoio solidário das equipas médicas cubanas, têm prevenido e combatido a doença, alcançando taxas de contágio e de mortalidade especialmente baixas.
Subsistem, porém, carências devido às criminosas sanções e bloqueio impostos pela administração norte-americana que tentam impedir a todo o custo a aquisição de equipamentos médicos e de medicamentos por parte das autoridades venezuelanas, que procuram dar resposta e suprir as necessidades colocadas, garantindo o direito à saúde do povo venezuelano.
A República Bolivariana da Venezuela, em conjunto com outros sete países vítimas de bloqueios e sanções, instaram junto do Secretário-geral das Nações Unidas a uma ação firme e determinada visando o levantamento de todas as medidas coercivas unilaterais impostas pelos EUA e seus aliados - em desrespeito da Carta das Nações Unidas e do direito internacional - contra outros países, possibilitando, com o fim destas medidas, uma mais eficaz luta contra a pandemia.
As sanções e bloqueios impostos pelos EUA constituem um autêntico crime que visa asfixiar a economia e impedir a resposta às necessidades mais básicas dos povos, incluindo os seus direitos à saúde, à alimentação, a uma vida condigna.
A este propósito importa reter que, face ao surto da Covid-19, a administração norte-americana revela um total desprezo pela vida humana, seja ela venezuelana, norte-americana ou de outra nacionalidade: a ausência de respostas eficazes no seu próprio país, o roubo de máscaras e ventiladores a outros países, as tentativas de se apoderar de possíveis vacinas e, mais recentemente, o anúncio de interrupção da contribuição financeira para a Organização Mundial de Saúde revelam a natureza desumana e predadora do sistema de poder norte-americano.
É precisamente no contexto da pandemia da Covid-19 que a administração Trump decidiu deslocar um poderoso contingente militar dos EUA para junto das fronteiras da Venezuela, no Mar do Caribe, ameaçando o povo venezuelano com uma agressão militar e o mundo com mais uma nova guerra.
Recorde-se que a administração Trump aprovou um chamado plano de transição para a Venezuela - apoiado pelo seu homem de mão, o mais do que desacreditado Juan Guaidó, pelos seus serventuários na região e pela União Europeia -, que mais não é que uma nova tentativa de golpe de Estado para impor um governo servil aos seus interesses - que afronta a soberania do povo venezuelano e a Constituição da Venezuela e visa apoderar-se das imensas riquezas deste país.
É longa a história de ingerência, chantagem, ameaça e agressão dos EUA contra o povo venezuelano e a Revolução Bolivariana, iniciada em 1999, na sequência da vitória do Comandante Hugo Chávez nas eleições presidenciais do ano anterior.
O caminho de soberania e progresso social então iniciado, em benefício da larga maioria dos venezuelanos e pela cooperação mutuamente vantajosa entre os países da América Latina, pôs em causa os interesses dos Estados Unidos da América e da oligarquia venezuelana ao seu serviço - precisamente, aqueles que durante décadas espoliaram a Venezuela e as suas reservas petrolíferas.
No Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela, o Conselho Português para a Paz e a Cooperação, reafirmando o seu apego aos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas:
#NoMásBloqueo
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Flávio Gonçalves
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