A defesa da paz em tempo de pandemia
O momento complexo e muito imprevisível que estamos a viver, que nos restringe a socialização habitual, exige de todos uma visão mais larga e uma reflexão mais atenta sobre o que se está a passar, designadamente sobre o sofrimento dos povos de países mais vulnerabilizados e o comportamento das grandes potências no plano europeu e mundial, quando se impõe mais solidariedade e cooperação e um esforço redobrado para pôr cobro ao inaceitável recurso à agressão económica e militar nas relações internacionais.
Este é um momento onde a responsabilidade social não pode ser confundida com um clima de medo, que pode levar à sua banalização e às condições propícias à amputação de direitos, liberdades e garantias fundamentais, enfraquecendo a democracia e criando dificuldades acrescidas ao progresso social e à paz.
A ameaça pandémica da Covid-19 é muito mais grave para quem vive em zonas onde persistem conflitos e guerras, como o Iémene, o Afeganistão, o Iraque, a Palestina, a Síria, para os refugiados que permanecem em campos sem um mínimo de condições, incluindo em países na União Europeia, para os povos de estados sujeitos às criminosas sanções e bloqueios económicos e financeiros que os EUA e a União Europeia impõe a países, como Irão, Cuba, Venezuela, Federação da Rússia ou República Popular Democrática da Coreia.
Assume, pois, particular importância o exemplo positivo de países como a República Popular da China, a República de Cuba e a Federação da Rússia que, neste momento tão difícil, escolhem o caminho da solidariedade ativa e enviam profissionais de saúde e equipamentos médicos para alguns dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Lamentavelmente, potências como a Alemanha ou os EUA estão a rejeitar pedidos de apoio, a impedir o levantamento de sanções ou mesmo a decretar novas sanções contra países atingidos pela pandemia.
Sabemos que medidas como as que estão a ser tomadas em Portugal no combate à pandemia e na defesa da saúde - onde também as desigualdades sociais se fazem sentir de modo mais intenso em situações de crise - são de difícil aplicação em países devastados por guerras e por sanções de diverso tipo, designadamente económicas e financeiras.
Por isso, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) apela à mobilização de todas as pessoas empenhadas na defesa da justiça, do progresso social e da paz, na exigência do fim das guerras, do fim das sanções económicas e da necessária solidariedade para com os povos e países, incluindo os deslocados e refugiados, das zonas mais fustigadas por agressões e bloqueios.
A convergência de vontades na defesa da liberdade, da democracia, do progresso social e da paz, nos termos dos princípios da Carta das Nações Unidas e da Constituição da República Portuguesa, assume uma enorme importância neste momento tão difícil que a humanidade está a viver.
Pela Paz todos não somos demais!
Direção Nacional do CPPC
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Flávio Gonçalves
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