Declaração final do Encontro Anti-imperialista

Declaração final do Encontro: "A mobilização é um grito de ordem"

María de Lourdes Santiago Negrón, vice-presidenta do Partido Independentista Porto-riquenho, fez a leitura da Declaração final do Encontro Anti-imperialista:

"Desde esta Cuba solidária, reconhecendo a heroica resistência de seu povo, compartimos mil e 332 pessoas de 789 organizações do movimento social e popular da solidariedade, redes, plataforma, partidos e intelectuais de 86 países.

"Comprometidos com todas as causas justas, vivemos um novo momento na história. Os povos nas urnas, ruas e redes sociais demonstram com seu voto e seus protestos o esgotamento da ofensiva imperial da direita oligárquica, que junto com o imperialismo norte-americano exclui a amplos setores da população e põe em perigo a espécie humana.

"Os povos estão demonstrando que é possível derrotar a ofensiva imperial. Se abrem tempos de esperança. A unidade é vital e constituir um dever. A mobilização um grito de ordem. A mobilização uma tarefa iminente. Por isso nos comprometemos a:

 

1. Mobilizar-nos em ações permanentes e sistemáticas de alto impacto midiático

2. Exigir a suspensão do bloqueio imposto a Cuba

3. Denunciar as ameaças e agressões sobretudo aos governos soberanos que se negam a ter em seus territórios bases militares.

4. Reafirmar a vigência da proclamação da América Latina como Zona de Paz

5. Denunciar os riscos que entranham para a América Latina e o mundo a ativação do TIAR, orientado a respaldar militarmente aos Estados Unidos e a defender a Doutrina Monroe

6. Expressar nossa solidariedade com a Revolução Bolivariana e seu legítimo presidente, Nicolás Maduro, que tem sabido defender com firmeza sua soberania ante ameaças de todo tipo

7. Intensificar a mobilização e a exigência da imediata libertação do companheiro Lula

8. Felicitar ao povo da Bolívia por sua vitória no processo eleitoral e ao presidente Evo Morales por sua reeleição

9. Denunciar os intentos de golpe de estado instigados pelos Estados Unidos contra a paz na Bolívia

10. Condenar os intentos da administração estadunidense de desestabilizar o governo da Nicarágua e reiterar o direito de seu povo à paz

11. Reivindicar a independência de Porto Rico, submetida há mais de um século ao domínio colonial dos Estados Unidos

12. Expressar nossa firme solidariedade com as nações do Caribe em sua legítima reclamação à reparação dos prejuízos devido à escravidão

13. Apoiar a demanda da Argentina pela recuperação das Malvinas, território que legitimamente lhes pertence

14. Denunciar os governos que seguem os ditames do imperialismo e com o FMI impõem políticas neoliberais de choque que afetam aos setores mais vulneráveis da sociedade.

15. Condenar o uso da força e da repressão para massacrar as reivindicações dos movimentos sociais e populares.

16. Defender a decisão do povo do Chile a se manifestar nas ruas. Condenar o emprego de torturas em mãos dos órgãos repressivos do país.

17. Condenar a repressão no Equador desse povo irmão que se enfrenta com o pacotaço

18. Rechaçar o governo de Jair Bolsonaro, empenhado em acabar com os avanços desse país

19. Respaldar o direito do povo colombiano à paz. Retomar a mesa de diálogo com a Mesa de Libertação Nacional.

20. Expressar a mais profunda solidariedade com o Haiti, em sua luta por uma vida digna

21. Manifestar o apoio a Honduras.

22. Manifestar ao povo argentino e a seu presidente eleito, Alberto Fernández, pelo merecido triunfo nas urnas.

23. Saudar ao governo de López Obrador e sua contribuição à unidade na América Latina.

24. Expressar nosso apoio e nossa solidariedade à Frente Ampla Uruguaia.

25. Denunciar a intromissão do imperialismo em assuntos internos da África e do Oriente Médio.

26. Condenar as ações militares contra a República Democrática da Coréia.

27. Apoiar a causa histórica de luta dos povos Saarauí e Palestina em sua livre determinação.

28. Rechaçar as discriminações por gênero, cor de pele ou qualquer outra que atente contra a dignidade e a integridade das pessoas.

29. Defender os direitos dos povos originários em suas lutas pelas reivindicações.

30. Reconhecer o protagonismo dos jovens como fiéis continuadores do legado de nossos próceres.

31. Condenar energicamente a atual política anti imigrante dos Estados Unidos, assim como toda manifestação de racismo e xenofobia.

32. Denunciar as ações macarthistas e a campanha anticomunista que tem lugar na Europa.

33. Convocar à luta global para defender os recursos naturais da Mãe Terra.

34. Fortalecer a batalha midiática na internet, alimentando as redes com a verdade contra o neoliberalismo.

 

Tradução > Joaquim Lisboa Neto

Foto:    By Fleet Air Arm official photographer - This is photograph MH 23509 from the collections of the Imperial War Museums., Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=14863796

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey