Colômbia: A paz se imporá!
Em Colômbia já não há espaço para a guerra. As presentes e futuras gerações têm o direito a morrer de velhice e não ficarem nas sarjetas torturados e assassinados. Já basta!
Autor: Rubín Morro
Em Colômbia já não há espaço para a guerra. As presentes e futuras gerações têm o direito a morrer de velhice e não ficarem nas sarjetas torturados e assassinados. Já basta!
A Paralisação Nacional no dia 25 de abril p.p. não foi uma aventura e menos ainda uma improvisação, foi uma estruturação de mobilização social de todos os setores inconformados ao longo e ancho do país. Em Bogotá centrais operárias, movimentos indígenas, sindicatos de professores, estudantes e trabalhadores da esfera judicial e do setor de saúde se encontraram em Bogotá e nas principais cidades para protestarem contra o Plano Nacional de Desenvolvimento, pelo respeito à vida e a construção da paz estável e duradoura. Os manifestantes marcharam desde as 10 da manhã, partindo desde distintos pontos: a Universidade Pedagógica, a Universidade Distrital sede Bolívar, o Centro Administrativo Distrital e o Parque Nacional para a Praça de Bolívar.
A Paralisação Nacional vestida com seus multicoloridos trajes culturais de todas as regiões, com seus apitos, bandeiras, cartazes, batucadas com seus sons populares e festivos tomaram as principais avenidas e centros da Colômbia. A alegria dos marchantes é a esperança de milhões de colombianos que hoje almejamos e lutamos por uma nação em convivência, reconciliação e com justiça social.
Nos dói ver uma Colômbia que se afoga em sangue com centenas de líderes populares e defensores dos Direitos Humanos, mais de 128 ex-guerrilheiros das FARC-EP e familiares assassinados e um governo que diariamente fustiga e manipula abertamente contra o processo de paz. Um partido de governo que atenta descaradamente e adia no congresso a discussão final das equivocadas objeções à JEP, ordenadas pelo senador e senhor da guerra Álvaro Uribe Vélez, enquanto os congressistas da maioria dos partidos insistem que votarão contra esse espantalho proposto pelo presidente Duque.
A nação colombiana e seus representantes políticos avançam na unidade coletiva priorizando objetivos comuns acima das diferenças partidaristas. O Grande Pacto Nacional pela vida e a paz tem que triunfar para derrotar a guerra que nos estão impondo aqueles que temem a Justiça, a Verdade, a Reparação e a Não Repetição da guerra, contemplados nos acordos de paz firmados entre o estado colombiano e a sociedade. O visto neste 25 de abril nas ruas de nosso país é um anúncio das manifestações no próximo 1º de maio, Dia Internacional da classe operária.
Em Colômbia já não há espaço para a guerra. As presentes e futuras gerações têm o direito de morrer de velhice e não ficarem nas sarjetas torturados e assassinados. Já basta! É o povo em suas lutas legítimas o que tem que dizer aos governos como governar. A Força Alternativa Revolucionária do Comum-FARC seguirá inclaudicável até alcançar junto com o povo uma paz integral que represente os sonhos e a esperança das maiorias excluídas.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto
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