O Brasil Acabou - Resta Uma Republiqueta de Impunes Canalhas Neoliberais

Para o jornalista Humberto Mesquita 
 
Não basta que as coisas que se dizem sejam grandes, 
se quem as diz não é grande (...)  - Padre Antônio Vieira
 
 
Lutamos todos os politizados e sonhadores de um Brasil de justiça social, contra a incompetente, corrupta, violenta e senil ditadura militar e seu terrorismo de estado. Lutamos pela anistia, pelas diretas já, pela volta do regime democrático e pelo fim do regime de exceção. Lutamos, como em outras trincheiras, em difíceis épocas passadas, outros plantadores de sonhos também lutaram, como Getúlio Vargas (que foi assassinado), como Jango Goulart (que foi assassinado), como Leonel Brizola (que teve sua reputação vilipendiada pela Rede Esgoto de Televisão), tudo isso coroando uma luta de direitos trabalhistas a partir também da CLT-Consolidação das Leis do Trabalho, e, enfim, depois, finalmente, resultado de sufrágios eleitorais, com um líder nato saindo do povo; um nordestino migrante da seca. O Brasil com FHC e uma elite, mais ditadores marechais, que insanos levaram o país a bancarrota de ser a decima economia do mundo, mas com o Presidente Lula tornou-se a sexta economia do mundo, com milhões ascendendo a classe média, com brasileirinhos pela inclusão social. O país potência emergente surgindo. Deixando de estar deitado em berço esplêndido, sendo respeitado no planeta. E o Lula, uma lenda viva, um mito. Por isso lutamos. Sonhamos. Para ver a empregada domestica ter direitos, o negro ser reconhecido, o favelado ter moradia, o trabalhador rural ter crédito, o nordestino ver a transposição do Rio São Francisco, a maioria de pobres sair da linha da miséria absoluta, poderem viajar, fazer faculdade, ter um emprego. O Brasil que tanto sonhávamos.

E o Lula, depois de sair do poder com duas vitórias acachapantes, contra uma extrema-direita miolo mole, com alto nível de aprovação, recorde na história da politica mundial, e assim bem cotado elegeu contra tudo e contra todos, a honesta gestora Presidente Dilma. E teve então o fascismo no cio parindo Aécio Neves e o seu PSDB-quadrilha, mais uma mídia abutre, uma justiça amoral cujo símbolo é o Juiz Lalau, condenado/livre (paulistas parasitas adoram corruptos paulistas da gema e sem algemas), uma sociedade caolha de estorvo social, um congresso de lacaios da estrema direita e de agiotas do capitalhordismo amerinacalhado internacional. E assim deram um golpe civil. E derrubaram a presidente, e, servindo-se de um oportunista marionete do arbitro para um regime de exceção, um vice bocó, um impune papagaio de pirata de reaças assumiu como usurpador ilegal o poder que então abrangeu a corrupção, institucionalizou-a, mais uma impunidade por atacado. E o silêncio cadáver da covarde mídia cumplice, da própria justiça caolha e de uma pústula sociedade de vaquinhas de presépios e seus pangarés mentecaptos, quadrúpedes.


E deu no que deu. O Brasil de hoje com ministros corruptos cantando loas ao arbítrio; uma Policia Federal capenga só investigando de um lado; um panaca juizeco de apostila de primeira instância (lembram-se do caçador de marajás?) - se preparando para ser candidato e presidenciável - ministros corruptos tomando posse no grito e a galope para terem fórum privilegiado. E quando se viu, esse customizado ódio todo matou a humilde ex primeira dama Marisa Leticia. A história registrará. E quando pensamos que já tínhamos visto de tudo, de vileza, de escárnio, de arrombações de conquistas sociais, eis que senão quando, o PCC, que é da parceria do PSDB em São Paulo o estado máfia, ergue-se para compor o STF-Supremo Tribunal Federal. E os coxinhas calados, as panelas caladas. Pelo jeito, se o medo do comunismo criou monstros, se o medo do PT criou coxinhas-daslu, o medo da Dilma criou pangarés recalcados, de decrépitos coxinhas Hipoglós a reaças babaquaras. E todos esses amebas juntos fundaram esse anti-Brasil. Esse Brasil que era o mesmíssimo de antes, republiqueta de bananas, das capitanias hereditárias, dos bandidos bandeirantes, da canalha de 64. Um Brazyl assim mesmo, com y e com Z. Porque o Brasil verdadeiro acabou. Vamos pra Cuba? Ou pra Somália? Que o Tucanistão é aqui e agora...

Vamos dividir o Brasil? Vamos separar o joio do trigo? Mas como, se tudo é troio, joio e trigo misturado? Desde as privatizações-roubos da caterva do PSDB et máfias de quadrilhas aliadas, que não víamos essa entrega a preço de banana, em troca de favores, de benesses em bastidores políticos de amigos do alheio; pagando o preço do golpe dentro do golpe. O temeroso presidente marionete com aquela pose de filé de piranha reclamando que pegou o país falido da Dilma. E paradoxalmente e contraditório liberando bilhões para empresas incompetentes oriundas das privatizaçoes-roubos do PSDB. Sujeito renegado no mundo civilizado, na politica internacional, como a vergonhada datada do Brasil neoliberal, quando monta seu circo cínico, apoiado pela mesma Rede Globo que atacou Brizola, atacou a família do Lula, e ataca os sagrados direitos dos trabalhadores, numa reforma que não reforma nada, mas beneficia ainda mais o capital especulativo, e fere históricas conquistas trabalhistas. Um desmanche sem precedente. Que pais é esses? São tantas os picaretas no poder...

O Brasil acabou. Aposentadoria? Pode esquecer. Pré-sal pra Educação? Já era. O neoescravismo da terceirização neoliberal venceu. O povo gado marcado que atacou o PT, geração desorientada pela propaganda enganosa da extrema direita, agora vai perder e sentir no bolso a burrada que fez. Fora Dilma? Fora Lula? Fora PT? Ah Minha Casa Minha Vida, Universidade pra pobre, bolsa família, salário mínimo alto, adeus compinchas. A culpa é de quem?

Falta de cultura, falta de consciente voto ideológico, falta de informação sadia, de jornalismo sério, de um realinhamento popular sem precedentes. Quando era hora de uma gigantesca insurreição geral, uma greve total paralisando o país, porque quem queria um Brasil transparente e se preparando para ser uma das maiores potências do mundo, se sente num cativeiro agora. Somos todos reféns do Temer. Sem direitos, o PCC instalado no poder, a corrupção no comando, quando o usurpador traíra meio zumbi, meio cara de morto-vivo, geração Hipoglós, fazendo beiço e pose, em atitudes palaciais podres, fazendo tipo. E bem que poderia por começar fazendo uma reforma carcerária, botando todo seu partido, seu estafe, seus aliados, seus asseclas, num resort sem grades com juízes de bolso e procuradores de enfeite. Pátria minha? Patriazinha, diria Vinicius de Moraes.

O Brasil acabou. Voltou aquele brasilzinho mequetrefe de antes, de FHC et caterva, o "Pai da fome" (o tal do "sucesso" de seu Plano real gerou milhões de desempregos); e aquilo de utopia e de históricas dividas sociais pagas por quem tanto lutávamos, nossos ideias, e ideais ético-humanitários, todos esses planos de justiça foram extintos numa passada de caneta. O mundo aturdido, a imprensa limpa de fora do país dizendo de golpes dentro do golpe. Os sindicatos pelegos, quando não corrompidos, omissos. E enquanto na rica América cloaca elegem um Trump tantã, SP falido pelo crime organizado do PSDB 25 anos no poder, para sua capital elege um bofe, um fashion janota e boçal, um tal de Doria. Então assim finalmente SP virou o Eldorado do estado mais corrupto do Brasil, em que empresários roubam por ano 90 milhões do imposto de renda. Paulistas adoram corruptos e ladrões. E isso que financia nosso capitalismo ordinário. Ruim com Dilma, honesta? Pior, muito pior com Temer e seus aliados de nefastos olhos grandes, de hediondas mãos grandes, de seguintes graves crimes impunes, de corrupção por atacado, do palácio ao congresso, da câmara ao Tribunal superior. São todos Eikes maravilhas... O crime compensa...

O Brasil acabou. Volta Pedro Álvares Cabral. Vamos devolver o Brasil aos índios?
Dos filhos deste solo, somos estrangeiros nesse Brasil que não aceitamos, não queremos. E não há revolta de facebook, anarquistas de gabinetes, resistência de palavras, greves de redes sociais. Ou paramos esse país, ou derrubamos a bastilha da Rede Globo de Televisão, ou se preparem para o caos institucional, a falência das leis, o regime de exceção ganhando a adesão de bolsanaros caipiras de coliformes fecais, hienas, chacais, abutres e ratos de meios e antros, mais o quinto poder da violência sem precedentes. Quer pagar pra ver? Quando os bandidos das penitenciárias, verem a impunidade dos bandidos de colarinho branco, de togas, túnicas, fardas, patentes, faixa presidencial, as tais autoridades prostituídas dos três poderes, ao trazerem essa luta pra rua, pode pintar uma guerra civil.

Carimbar o passaporte?
Queremos nosso Brasil de volta.
O Brasil acabou.
Chora a pátria-mãe e todos os que sonhavam um humanismo de resultados.
O ódio venceu. "Onde o poder desintegrou-se, as revoluções são possíveis" Disse Hannah Arendt.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer?
Precisamos estocar alimentos. Ou armamentos. 
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Silas Correa Leite

Verbete: SILAS CORREA LEITE
Professor, conselheiro diplomado em direitos humanos, jornalista comunitário, ciberpoeta e escritor premiado, consta em mais de oitocentos links de sites, até no exterior, entre eles Cronópios, Observatório de Imprensa, Correio do Brasil, EisFluências e outros, Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio Paulo Leminski de Contos, Prêmio Ignácio de Loyola Brandão de Contos, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo, Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal (Fundação Petrobrás, Curadoria Heloisa Buarque de Hollanda),   Prêmio Instituto Piaget/Cancioneiro infanto-juvenil, Portugal, vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-Parceiros do Tietê/Jornal O Estado de São Paulo/Rádio Eldorado) entre outros, publicou em revistas, jornais, tabloides, fanzines, como Revista da Web, Trem Itabirano, Panorama Editorial, Revista Construir, DF Letras, Mundo Lusíada (Portugal), etc.

Autor, entre outros, de Porta-Lapsos, Poemas, All-Print, SP, Campo de Trigo Com Corvos, contos premiados, Editora Design, SC (finalista no Telecom, Portugal), DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Editora Multifoco, GOTO, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé, romance,  GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, e O Menino Que Queria Ser Super-Herói, romance infantojuvenil, ambos a venda site Amazon e do ebook de sucesso O RINOCERONTE DE CLARICE, onze contos fantásticos, cada ficção com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, destaque na grande mídia (Estadão, Diário Popular, Revista Época) inclusive televisiva, por ser o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, tendo sido entrevistado por Márcia Peltier (Momento Cultural/Jornal da Noite, REDE BAND), Metrópolis e Provocações (TV Cultura), entre outros, e a obra, por ser pioneira e única no gênero, foi recomendada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, do Mestrado de Ciência da Linguagem da UNIC-Sul de SC, tese de Mestrado na Universidade de Brasília e tese de Doutorado na UFAL. Seu estatuto de poeta foi vertido para o espanhol, francês, inglês e russo. Contatos: poesilas@terra

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey