Na antiga república soviética da Lituânia, hoje membro da NATO e da União Europeia, foi esta semana criminalizada a exibição pública de símbolos comunistas e nazis, como hinos ou bandeiras com a cruz gamada ou a foice e o martelo.
O porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros, Andrei Nesterenko, reagiu a esta decisão aprovada pelo parlamento lituano, considerando que tratar da mesma forma simbolos da nazi ou da União Soviética é uma deturpação da história. "Equiparar os símbolos do nazismo aos do estado que deu a contribuição decisiva para a vitória sobre o fascismo constitui uma profanação da história dos que se sacrificaram para salvar o mundo", afirmou.
O Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) convocou uma manifestação de protesto frente à embaixada lituana em Moscovo.
Ivan Melnikov, dirigente do PCFR e vice-presidente do parlamento russo, acusou o estado lituano de estar a desenvolver uma política "inamistosa" e "deliberada" contra os estados que continuam a utilizar símbolos soviéticos, como a Rússia. E previu situações embaraçosas: "O hino da Rússia conserva a mesma melodia do hino da antiga União Soviética. E será tocado várias vezes nas transmissões dos Jogos Olimpícos em Pequim. Pergunto a mim mesmo o que fará então a televisão lituana, para já não falar das visitas oficiais".
Foto: Ivan Melnikov
Luís CARVALHO
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