O presidente americano, George W. Bush, chegou nesta quarta-feira (09) a Israel para uma visita de três dias. Visitará também os territórios palestinos, Kuwait, Barein, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito.
Entretanto a imprensa árabe observa com ceticismo sua viagem e a qualifica de inútil e espera poucos frutos para o processo de paz entre israelenses e palestinos, segundo a agência Efe.
"Sua Excelência, bem-vindo a países dos quais não conhece nem suas milenares culturas nem o segredo após o longo silêncio antes de que explodissem na cara de seus opressores", escreve Salah ad-Din Hafez, diretor-adjunto do jornal de maior tiragem no Egito e do mundo árabe, o "Al-Ahram".
O presidente americano disse que o principal objetivo de sua viagem é impulsionar as conversas entre palestinos e israelenses após a conferência de Annapolis celebradas no final de novembro do ano passado.
"Suas políticas (de Bush) nos últimos sete anos na Casa Branca demonstraram que não sabe nada sobre nossos países exceto seus nomes e os de alguns de seus líderes", continua o artigo do "Al-Ahram".
Em seu comentário, Hafez afirma que os árabes não odeiam os americanos, "mas, francamente, detestamos suas políticas agressivas e ferozes baseadas em invadir outros países".Enquanto, Hassan Nafaa, um professor de Ciência Política da Universidade do Cairo, diz no jornal internacional árabe "Al-Hayat" que, embora todo mundo espere que a viagem possa trazer estabilidade à região, ele não tem nenhuma confiança que gere resultados positivos.
"Ao contrário, vejo nesta viagem uma determinação ainda maior por parte de Bush de voltar ao plano sionista até seu último minuto na Casa Branca", escreve Nafaa.
O analista refere que um dos principais objetivos de Bush é "a formação de novas alianças na região com o objetivo de liquidar toda resistência".
Makram Mohammed Ahmed, um comentarista independente, mostra uma visão cética da viagem na revista "Musawar": "Não acho que a região vá presenciar alguma mudança antes que Bush deixe a Casa Branca".
"É altamente improvável que Bush consiga parar a política de assentamentos nos territórios palestinos, especialmente em Jerusalém", estima Ahmed
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