Afrodescendentes ainda sofrem de racismo e desigualdade social na Bahia
"Um dos pontos de enfrentamentos que o Partido dos Trabalhadores assumiu para si foi à luta pela igualdade racial. Nestes quase 11 anos de governo federal as políticas públicas têm auxiliado nesta reparação, mas na Bahia o passo tem que ser ainda maior, devido à característica do estado, predominantemente de origem afro, e que ainda sofre com o racismo e com a igualdade".
A afirmação é da prefeita petista do município de Uruçuca, no sul da Bahia, Fernanda Silva, que declarou nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, ser a favor da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial no estado - proposta apresentada em 2005 pelo deputado estadual, hoje federal, Valmir Assunção (PT-BA).
O Estatuto voltou para o Executivo, sofreu algumas alterações, e deve ser apresentado ainda este mês para mais uma rodada de debates na Assembleia Legislativa da Bahia. A prefeita Fernanda Silva destaca alguns pontos e considera a questão do enfrentamento da violência como um dos aspectos mais relevantes do documento. Ela ainda informa que a peça trará o debate sobre a intolerância religiosa, mas que não ficará focada apenas nas religiões de matriz africana, e envolverá também os evangélicos e outras minorias.
"Nós gestores temos que ficar atentos, o Estatuto aborda temas importantes para o convívio social como o enfrentamento da violência, principalmente contra os jovens negros, e engloba ainda direitos dos índios, homossexuais e religiosos. E assim como aconteceu no âmbito federal, a Bahia deve aprovar a ampliação do sistema de cotas e a criação da medida dentro do serviço público", completa a petista.
Vitor Fernandes
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