Para felicitar Ingrid Betancourt por Natal e aniversário, o seu marido , Juan Carlos Lecompte, sobrevoando de avião pela selva colombiana, lançou milhares de fotografias dos filhos dela . Betancourt está em cativeiro como refém das FARC desde 2003 e não acompanhou o crescimento de seus filhos.
Lecompte alugou um pequeno avião com dinheiro doado pelo cantor francês Renaud e sobrevoou durante o fim de semana os departamentos colombianos de Vaupês, Guainia e Guaviare onde, segundo versões de nativos, estaria, recentemente, a política franco-colombiana.
As 22 mil fotografias foram espalhadas por Lecompte sobre pequenos povoados indígenas e ribeirinhos que conectam a Colômbia com território brasileiro e venezuelano. "Como as histórias (versões) dizem que Ingrid está na fronteira entre Brasil, Venezuela e Colômbia, decidi empreender esta nova viagem. Espero que seja a última, mas se não, continuarei. Tenho a esperança de que por ser Natal um guerrilheiro encontre as fotos, compadeça-se e as entregue", completou, de acordo com AFP.
"Foram quatro sobrevôos. Desde sexta-feira até domingo. Sobrevoamos várias aldeias e inclusive aterrissamos em algumas onde pedimos aos indígenas fazer chegar as fotografias aos rebeldes. Também jogamos muitas sobre os rios, pois estas têm uma película impermeável", explicou.
O gesto de Lecompte acontece no momento em que as las Farc se preparariam para libertar três reféns, entre eles Clara Rojas, assessora vice-presidencial de Ingrid, seqüestrada junto com ela em 23 de fevereiro de 2003; o filho de Rojas, Emmanuel, nascido em cautiveiro e fruto de uma relação com um dos guerrilheiros; e a ex-congressista Consuelo González.
A agência de notícias "Anncol", que habitualmente reproduz informações das Farc, disse hoje (24) que há operações militares que impedem a "entrega" de Clara Rojas, seu filho Emmanuel e Consuelo González e que, por isso, as vidas dos três "correm perigo".
Segundo as Farc, Rojas, ex-candidata à vice-presidente, seu filho, nascido em cativeiro, e a ex-congressista Consuelo González serão libertados como um gesto de consideração ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afastado por seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, da mediação das negociações.
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