O novo recorde de transmissão de seu programa dominical Alô, presidente!, foi batido por o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Falava um pouco mais de 8 horas consecutivas e alguns minutos a mais que as 8 horas do dia 6 de agosto.
Chávez disse que os Legislativos do Brasil e do Paraguai ainda precisam aprovar a entrada da Venezuela. Caso isso não aconteça, segundo Chávez, será "uma vitória do império americano, que está por trás de tudo, fazendo suas jogadas", disse, segundo Efe.
"Mas eu sou do tipo que sabe aceitar derrotas e transformar em vitórias. Saibam os brasileiros que está em andamento uma grande campanha para evitar a união entre nossos países. Pelo menos, Lula está consciente de tudo. Muita gente acaba achando que Chávez é inimigo do Brasil. É uma estratégia do império. Para que? Para impedir nossa união e para continuar nos dominando", disse.
Foram mais de 8 horas de comentários, felicitações e críticas sobre diversos assuntos nacionais e internacionais, políticos, econômicos, militares, sociais e outros.
O governante também recitou poesias, entre elas uma do poeta chileno Pablo Neruda, e cantou. Algumas canções, afirmou, fazem parte de um disco que será lançado em breve.
No dia 6 de agosto, quando tinha estabelecido o recorde anterior, ele já havia cantado a primeira estrofe do sucesso Adelita. Desta vez, preferiu hinos militares e músicas dos "habitantes das planícies", zona rural de onde veio.
Entre os temas de política externa que abordou hoje, Chávez confirmou que "nos próximos dias" receberá na Venezuela mais uma vez o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. E garantiu que nenhum dos dois países constrói bombas atômicas.
"Isto é revolução petroquímica, não bombas atômicas. Agora que Ahmadinejad nos visitará, dirão por aí que avançamos na construção de bombas atômicas", disse Chávez, sobre a ampliação de instalações petroquímicas em Maracaibo.
Chávez também disse que o presidente da Bolívia, Evo Morales, esteve nas últimas horas na Venezuela. Além disso, anunciou que aceitou o convite do seu colega francês, Nicolas Sarkozy, para visitar a França, mas não informou datas. E destacou que outros Governos europeus que se dizem de esquerda, que não identificou, alertam que é preciso ter "cuidado com Chávez".
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