A oposição da Igreja ao casamento homossexual não é negociável, e políticos católicos têm a obrigação moral de manter tal oposição, assim como contra leis em prol do aborto e da eutanásia, disse o papa Bento XVI em documento divulgado hoje.
Em um livreto de 140 páginas, chamado de "Exortação Apostólica", sobre o trabalho de um sínodo ocorrido em 2005 no Vaticano, tendo como tema a Eucaristia, o pontífice alemão, de 79 anos, reafirmou a regra católica do celibato clerical. Bento XVI afirma que todos os fiéis têm de defender o que ele chama de valores fundamentais, mas que pessoas em posições de poder estão "especialmente incumbidas" dessa missão.
Esses valores, disse o papa, incluem "respeito pela vida humana, sua defesa da concepção à morte natural, a família construída sobre o casamento entre um homem e uma mulher, a liberdade de educar os filhos e a promoção do bem comum em todas as suas formas." "Esses valores não são negociáveis", disse o papa. "Consequentemente, políticos e legisladores católicos, conscientes da sua grave responsabilidade perante a sociedade, devem se sentir particularmente obrigados, com base numa consciência formada adequadamente, a introduzir leis inspiradas em valores baseados na natureza humana."
O casamento homossexual é legalmente aceito em vários países europeus, inclusive a católica Espanha. A Itália atualmente está dividida sobre a concessão de mais direitos a casais que vivem sob união estável, inclusive os homossexuais.
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