União Africana dividida por guerra na Somália

A União Africana (UA) convocou uma reunião internacional na próxima quarta-feira, a fim de tentar evitar uma escalada militar na região.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira em Adis-Abeba, sede da União Africana (UA), o presidente da Comissão dessa organização internacional, Alpha Konare, "lamenta profundamente" a escalada militar no conflito da Somália, "apesar das chamadas da comunidade internacional para pedir o final da luta aos dois grupos na Somália.

Entretanto o vice-presidente da Comissão da entidade da União Africana , Patrick Mazimhaka, manifestou-se em defesa da intervenção da Etiópia no conflito da Somália.

Mazimhaka disse em entrevista à BBC que a União Africana não agiu a tempo para evitar uma escalada da crise, mas que a Etiópia tinha o direito de interferir no país vizinho porque sentia que seus interesses estavam sendo ameaçados.

"Cabe a cada país julgar o tamanho da ameaça à sua soberania", afirmou Mazimhaka.

Aviões militares da Etiópia bombardearam nesta segunda-feira dois aeroportos da Somália como parte de uma operação contra a milícia islâmica que controla parte do país.

Os bombardeios atingiram o aeroporto internacional da capital somali, Mogadíscio, e outro em Balidogle, no sul do país.

Mogadíscio está sob controle da União das Cortes Islâmicas, milícia islâmica que vem lutando contra o governo interino da Somália apoiado pela Etiópia.

A Etiópia admitiu pela primeira vez no domingo que suas tropas estão lutando na Somália e começou a atacar a União das Cortes Islâmicas em quatro frentes. Até então, o governo etíope em Adis-Abeba admitia ter enviado soldados para a Somália apenas para fins de treinamento.

O primeiro-ministro etíope disse que seu país está "em guerra" com os islamistas, e a Cruz Vermelha pediu a todas as partes que protejam os civis.

 BBC, EFE

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Lulko Luba