A ministra espanhola do Meio Ambiente, Cristina Narbona, ontem fez a tentativa imediata de alterar a tradição da tauromaquia em Espanha, de modo a que as corridas se façam sem a morte do touro na arena.
Numa conversa informal que a governante manteve com vários representantes da Comunicação Social Narbona propôs modificar uma das tradições mais antigas e enraizadas em Espanha, a pretexto de que o sangue na arena é difícil de entender na Europa.
Em vez de ser mortos diante do público, como é o costume, os animais seriam retirados e mortos de forma mais humana, como já acontece em Portugal, disse Cristina Narbona ao jornal El Mundo de quinta-feira (21).
"Temos que pelo menos tentar evitar o fim sangrento do touro", disse ela.
Na sua opinião, o maltrato dos animais, nos espectáculos desportivos não é compreendido, nem bem visto no resto da Europa
Esta alteração, segundo a ministra do Ambiente, deveria ser implementada «gradualmente» e só discutida na próxima legislatura.
A ministra sublinhou que não se trata de uma promessa eleitoral mas de uma proposta que poderia ser incluída numa próxima revisão do Código Penal.
A proposta de Narbona gerou consenso e críticas, mesmo dentro do Partido Socialista. A pressão é maior na Catalunha. A assembléia municipal de Barcelona declarou-se contra a realização de touradas na cidade em 2004.
Mesmo assim, elas continuam acontecendo todo domingo, durante a temporada. A Espanha registrou um recorde de touradas este ano, com 2.127 sessões.
Com Lusa
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