Manifesatantes de Oaxaca à espera de enfrentamentos

Os empresários encerraram atividades das suas empresas e os moradores da cidade mexicana  de Oaxaca se prepararam para possíveis enfrentamentos nas ruas, após o presidente do México, Vicente Fox, que deixa o cargo em 1 de dezembro, ter ordenado ontem o envio de uma força militar para esta cidade.

 A decisão aconteceu depois de um jornalista dos EUA e pelo menos duas outras pessoas terem morrido numa troca de tiros entre um grupo de desconhecidos armados e manifestantes barricados desde há cinco meses em edifícios do centro da cidade.

Não está claro quantos agentes da Polícia Federal Preventiva se encontram na cidade , aunque vários aviões de transporte aterrissam em aeroporto com militares a bordo, comunica el Nuevo Herald. O líder do sindicato de professores, Daniel Rosas, opina 4 000 policiais federais terem chegado à cidade.

“Não temos medo . Nascimos para morrer “, disse Iris Hernandez , de 29 anos , quem faz guarda em uma barricada . Ontem, em torno do  do centro da cidade manifestantes fortificavam suas posições por sacos com areia e estacionavam grandes camiões e autocarros ao longo das ruas que levam ao centro da capital.

 “ Acho que a violência acontece “ disse Eutelma Cruz, dona de casa, de 54 anos, e uma manifestante. “Espero que as forças federais intervenham e encontrem uma solução pacífica", disse.

A jornada de violência ficou marcada por pelo menos dois confrontos violentos. A Assembleia Popular de Oaxaca (APPO), formada há meses por grupos de esquerda para reforçar um protesto que começou em Maio como greve de professores, acusa polícias а paisana de terem semeado o caos para desmontar as barricadas que bloqueiam várias ruas do centro histórico da cidade. As trocas de tiros acabaram por vitimar dois manifestantes e o operador de câmara Will Bradley Roland, do grupo noticioso americano.


Esta semana os professores grevistas votaram o regresso аs aulas – a greve afectou até agora mais de um milh г o de crianças do estado de Oaxaca – mas os militantes de esquerda recusam suspender o protesto até а demiss г o do governador Ulises Ruiz.

 
Os manifestantes, que apoiam a exigência de melhores vencimentos e condições laborais dos professores, acusam-no de corrupção e de recurso a métodos repressivos.

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Author`s name Lulko Luba