PRAVDA.Ru reproduz algumas respostas do líder sindical ao jornal L´Humanité:
"O congresso começou pela análise do sucesso contra o CPE. ( ) Estamos conscientes de que os ataques contra os direitos dos trabalhadores vão continuar. A MEDEF (Movimento das Empresas de França - grande organização patronal) exige mais flexibilidade. A actual maioria (de direita no poder) também, apesar de a vitória contra o CPE ter atenuado as suas pretensões de criarem um contracto único de trabalho menos protector (...). Cada central sindical está a pensar em mais garantias contra a precariedade laboral (...) Poderíamos efectivamente defender pontos convergentes e mostrarmo-nos mais solidários frente ao MEDEF e ao governo."
"Numa paisagem social atomizada, com assalariados isolados, cuja situação é cada vez mais individualizada, temos que criar instrumentos sindicais que permitam recriar laços de solidariedade. (...) nós só conseguimos movimentar os assalariados com os quais estamos em contacto. (...) Vamos também entabular uma cooperação mais regular com as organizações juvenis (de estudantes)."
"Este congresso ( ) decidiu a aprovar o envolvimento da CGT na construção de uma nova internacional sindical. O laço entre o local e global parece-me muito importante."
"Construir uma globalização social é um objectivo que interessa a muita gente. (...) na véspera do nosso congresso, promovemos um encontro aberto a organizações com histórias e percursos diferentes para reflectir as ambições de uma nova internacional sindical. (...) é momento de trabalhar por uma unidade das forças sindicais à escala do mundo."
Como Thibault a l'Humanité, no passado dia 23 de Abril, a CGT reuniu cerca de 4 dezenas de delegações internacionais ao seu congresso, num debate sobre os temas "o sindicalismo face aos desafios de hoje e de amanhã" e "que nova organização sindical mundial?". Nessa ocasião, Emílio Gabaglio, mandatado pela CISL (Confederação Internacional dos Sindicatos Livres) e pela CMT (Confederação Mundial do Trabalho) para organizar a nova organização internacional, fez uma intervenção sobre a evolução desejada "da divisão de ontem à unidade sindical de amanhã". Desde Junho de 2004 que a CGT está em contacto com a CISl e a CMT para discutir o processo de formação de uma nova organização sindical mundial.
Luís de Carvalho
PRAVDA.Ru
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