Brasil: 1ª Conferência Nacional da Juventude

O esporte embala Grupos de Trabalhos, descontrai e interage mais de 2 mil delegados entre adolescentes, jovens e adultos no segundo dia de atividades na Conferência Nacional da Juventude. É durante uma partida de xadrez, na Praça do Esporte e do Lazer, do Ministério do Esporte, que o estudante secundarista de Goiânia, Weder Alves, conversa com seu conterrâneo, o universitário Newbert de Castro, sobre os problemas levantados e as propostas apresentadas pelo grupo de trabalho Desporto e Lazer. "Queremos colaborar com o governo federal na implementação de políticas públicas para a juventude tendo o esporte como ferramenta de desenvolvimento", justifica determinado.


Weder conta que uma das propostas apresentadas foi a diversificação das modalidades oferecidas pelas nas escolas públicas do país. “Estabelecemos que no mínimo, cinco esportes além do futebol e do handebol, sejam assegurados nas unidades de ensino”, revelou. Outra proposta foi a implantação de infra-estrutura esportiva nos municípios e a construção de centros de esporte de alto rendimento em todas as capitais brasileiras.


Já o enxadrista adversário de Weder, Newbert Castro, por sua vez, participou do Grupo de Trabalho Cidadania GLBT. Ele conta que a equipe fez uma mini-parada gay durante a Plenária da União da Juventude Socialista (UJS) e que durante as etapas municipais e estaduais da Conferência a categoria esteve inserida nos Grupos: Cidade, Trabalho e Sexualidade.


Newbert faz faculdade de Redes de Computação na UEG. Ele afirma que o preconceito nas cidades do interior é iminente e que isso pode ser revelado até mesmo no número de participantes na Conferência Nacional. “Apenas um terço do grupo GLBT não mora nas capitais por isso sugerimos a interiorização dos debates nas cidades para combater o preconceito”, disse, ao informar que a criação de leis específicas para lutar contra a homofobia integra as propostas elaboradas.


Reencontro após Jogos Indígenas


A Praça do Esporte e do Lazer também foi palco da integração de três jovens indígenas que se conheceram recentemente em Recife e Olinda (PE) durante a última edição dos Jogos Indígenas. Foi durante um jogo de damas que Takumã Kuikuro, 23, um estudante secundarista da Escola Central Caribe Kuikuru, no Mato Grosso aproveitou para colocar a conversa em dia com duas amigas: as irmãs Samira Marcos, 22 e Raysa Marcos Bowowapré, ambas moradoras de Brasília.


Filhas de pai Xavante e de mãe Terena, Samira cursa Nutrição na Universidade Católica de Brasília e Raysa está fazendo cursinho preparatório para o vestibular. “Assim como os jogos indígenas no Pernambuco que foi um espaço de reafirmação da cultura e tradição de nosso povo acredito que a Conferência Nacional da Juventude também seja um foro de grande importância pra decidir a vida nossos irmãos indígenas”, disseram, ao destacar que o tema demarcação de terras indígenas foi debatidos pelo grupo.


Jovens na Política


O estudante do 3º ano do ensino médio, Interlanes José dos Anjos mora em Picos (PI) e está no Grupo de Trabalho Política e Participação. Jogador de futsal, do time da AABB em sua cidade, ele aprendeu na Praça do Esporte e do Lazer a jogar golf. “É uma oportunidade única de praticar esse esporte. É a primeira vez que pego num taco”, disse ao revelar que seu grupo elaborou uma proposta que determina um percentual de jovens para concorrer eleições no Brasil. “Consideramos jovens pessoas com idade entre 18 a 19 anos. A exemplo da mulher que tem um percentual de 30% na Câmara de Vereadores e decidir os rumos de nosso país também”, finalizou.


Carla Belizaria/Ministério do Esporte

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey