O tempo de contratação de Nelsinho Baptista é curto : até dezembro de 2007 e tem 11 jogos para salvar o Corinthians.
Apesar de dirigir o clube em menos de um terço do Campeonato Brasileiro, assumiu ontem a responsabilidade pela posição do time ao final da competição. ''Eu não fujo da responsabilidade'', declarou. ''Eu vou fazer parte da conquista de uma vaga para a Copa Sul-Americana. Ou da permanência do Corinthians na Série A do Brasileiro", segundo o Estado de são Paulo.
Rebaixamento? ''Se pensasse nisso, eu não aceitaria o desafio'', emendou. Nelsinho, que assinou contrato até o fim do ano, esbanjou sorrisos e confiança em sua apresentação, ontem à tarde, no Parque São Jorge. ''Quando cheguei aqui pela primeira vez (em 1990), muitos jornalistas me disseram que eu não duraria uma semana'', brincou. ''E fui campeão brasileiro.''
As metas em 2007, em sua quarta passagem pelo Corinthians, são muito mais modestas. Nelsinho repetiu várias vezes que o objetivo é alcançar uma vaga na Copa Sul-Americana. Mas deixou escapar que, se livrar o time do rebaixamento, já terá feito sua parte.
O novo comandante corintiano até soube dizer quantos pontos precisa para conseguir a vaga na competição continental. ''Temos de alcançar 66% de aproveitamento até o fim do campeonato.'' Ou seja: o Corinthians precisa ganhar sete dos 11 jogos que ainda vai disputar.
O Corinthians está na zona de rebaixamento, em 17º lugar na classificação, com 33 pontos. Venceu apenas 8 dos 27 jogos que disputou; empatou 9 e perdeu 10 - o último deles por 1 a 0, para o Palmeiras, que resultou na demissão de Zé Augusto.
Das 11 partidas que restam, são cinco em casa e seis fora - incluindo aí o clássico com o São Paulo, a ser disputado no Morumbi. O primeiro desafio é contra o Sport, no Pacaembu, neste sábado.
Depois, o time precisará procurar outro estádio para jogar - o Paulo Machado de Carvalho será reformado.
''É uma pena'', lamentou Nelsinho. ''Mas a diretoria vai resolver.''
O vice-presidente de Futebol, Antoine Gebran, devolveu ao técnico a responsabilidade. ''Temos opções: Santo André, Barueri ou Mogi-Mirim. O Nelsinho é quem vai escolher.'' Questionado sobre a possibilidade de jogar no Palestra Itália, Gebran foi irônico. ''Pedir é fácil, tem que ver se liberam.''
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