Os Sindicatos dos Jornalistas e Escritores no Estado de São Paulo homenageiam o Sindicato dos Jornalistas Palestinos

Os Sindicatos dos Jornalistas e Escritores no Estado de São Paulo homenageiam o Sindi

Jornalista Zoghbour: “Continuaremos a perseguir a Estado Ocupante no Tribunal Penal Internacional, e o alvo contra jornalistas não os impedirá de expor crimes de genocídio e levar a narrativa palestina ao mundo.”

Os Sindicatos dos Jornalistas e Escritores no Estado de São Paulo, do Brasil, homenagearam o Sindicato dos Jornalistas Palestinos em um evento realizado para promover o livro “O genocídio isola Israel: o desafio é criar um Estado Palestino”, dos autores Nathaniel Braia e Nilson Araújo de Souza.

O Sindicato dos Jornalistas Palestinos participou do evento com uma mensagem via internet proferida pelo membro da Secretaria Geral do Sindicato, o jornalista Wisam Zoghbour, da Faixa de Gaza, que falou sobre crimes de genocídio, o cerco e o bombardeio israelense brutal.

Participaram do evento representantes brasileiros e palestinos, tanto presencialmente na Sala Vladimir Herzog quanto pela internet, incluindo o embaixador do Estado da Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben, Eduardo Viné, secretário do Sindicato dos Jornalistas, Claude Hajjar, da Federação das Entidades Árabes Americanas, Emir Mourad, da Confederação Palestina da América Latina e Caribe, Ualid Rabah, da Federação Árabe Palestina, Amyra El-Khalili, do Movimento de Mulheres pela Paz na Palestina, o professor Cláudio Fonseca, do Sindicato dos Profissionais da Educação no Ensino Municipal de São Paulo, os autores Nathaniel Braia e Nilson Araújo de Souza, e Hassan Massoud, correspondente da Al Jazeera no Brasil, além de líderes, escritores e jornalistas palestinos e brasileiros.

O jornalista Wisam Zoghbour, membro da Secretaria Geral do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, fez um discurso em nome do presidente do sindicato, Sr. Nasser Abu Bakr, onde disse: “É uma grande honra falar em nome do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, que representa jornalistas palestinos em todos os lugares, especialmente os jornalistas na amada Gaza, testemunhas e mártires do mais horrível crime que a mídia já viu em sua história, que vitimou mais de 140 jornalistas e trabalhadores da mídia”.

Zoghbour, acrescentou: “Participo deste evento hoje, enquanto nos despedimos de mais um mártir da imprensa palestina. Mais de 140 jornalistas foram mortos a sangue frio pelas forças da ocupação israelense, e dezenas de jornalistas ficaram feridos de diversas formas, mas suas lesões não os impediram de continuar seu trabalho. As forças da ocupação continuam com a política de desaparecimento forçado de dezenas de jornalistas e impedem a revelação das circunstâncias de suas prisões. As forças de ocupação israelenses destruíram cerca de 88 instituições e escritórios de mídia, além de 80 casas de jornalistas, resultando na morte de cerca de 30 pessoas de suas famílias. Continuam a privar os jornalistas palestinos de equipamentos de segurança profissional, como coletes e capacetes, e impedem a entrada de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza”.

Zoghbour, explicou que os jornalistas palestinos trabalham em condições extremamente difíceis e complexas, sendo alvos de assassinato, prisão e destruição de suas instituições, escritórios e casas pela Ocupação, em clara violação à Resolução 2222 do Conselho de Segurança da ONU, que visa fornecer proteção internacional aos jornalistas em zonas de conflito.

Zoghbour, continuou: “O Estado ocupante não se contenta com isso, continuando a cortar eletricidade, interferir nas comunicações e internet, impedir a entrada de combustível e destruir instituições e escritórios de mídia e equipamentos dos jornalistas na Faixa de Gaza, desde o último dia 7 de outubro, o que afeta negativamente o trabalho dos jornalistas em documentar e expor crimes de genocídio. Isso obrigou os jornalistas a trabalharem em hospitais, centros e tendas de acolhimento”.

O membro da Secretaria Geral do Sindicato dos Jornalistas destacou que esses crimes e medidas israelenses contra jornalistas palestinos e agências estrangeiras que operam na Faixa de Gaza não conseguirão silenciar os jornalistas nem impedir que continuem seu papel profissional e humanitário de documentar e expor crimes de genocídio contra o povo palestino e levar sua narrativa ao mundo.

Zoghbour, destacou que o Prêmio UNESCO de “Liberdade de Expressão”, concedido este ano aos jornalistas palestinos na Faixa de Gaza, é um reconhecimento dos seus sacrifícios e uma condenação às ações do Ocupante contra o povo palestino, em geral, e os jornalistas, em particular. Também é um tributo ao profissionalismo e aos sacrifícios dos jornalistas palestinos e uma homenagem às almas dos mártires e feridos da imprensa.

Zoghbour, afirmou que o Sindicato dos Jornalistas Palestinos apoia os jornalistas com todos os recursos disponíveis, documenta os crimes contra eles e leva essas questões ao Tribunal Penal Internacional para responsabilizar e julgar os criminosos de guerra israelenses, forçando Israel a respeitar o direito internacional e a Carta dos Direitos Humanos, além de proporcionar proteção internacional aos jornalistas.

Zoghbour, concluiu sua mensagem ao povo e aos jornalistas brasileiros dizendo: “Trago daqui, de Gaza, a coragem do povo palestino em geral e dos jornalistas palestinos em particular, uma mensagem de amor e apreço ao povo brasileiro e aos jornalistas brasileiros por participarem deste evento em prol do Estado da Palestina, seu povo e seus jornalistas. Esperamos seu apoio e solidariedade na divulgação de nosso sofrimento e na exposição dos crimes de guerra que continuam a ser cometidos contra o povo palestino e os jornalistas palestinos, e na perseguição dos criminosos de guerra israelenses para que sejam punidos por seus crimes”.

Por sua vez, os autores do livro “O genocídio isola Israel: o desafio é criar um Estado Palestino”, Nathaniel Braia e Nilson Araújo de Souza, disseram, durante um debate entre eles: “Nosso objetivo é revelar a natureza do regime racista israelense e apoiar a luta do povo palestino por sua libertação e direito à autodeterminação”.

A jornalista mártir Shireen Abu Akleh, que foi morta por tiros das forças de ocupação israelenses no campo de refugiados de Jenin, foi homenageada, e o certificado foi entregue a Hassan Massoud, correspondente da Al Jazeera no Brasil.

Edição; Alexandre Rocha

Autor: Assessoria do Sindicato dos Jornalistas Palestinos desde Gaza

 

Acesse o vídeo do depoimento no youtube

https://www.youtube.com/watch?v=VFLGhI9LtvU

 

Acesse o vídeo com transcrição em inglês e árabe

https://www.facebook.com/amyra.elkhalili/videos/358819190257725

Acesse o vídeo com transcrição em espanhol e francês

https://www.facebook.com/amyra.elkhalili/videos/1449435979275679

 

 

 

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Author`s name Alexandre Rocha
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